Novos resultados de uma missão da Nasa (Agência Espacial Norte-americana) realizada há pouco mais de um ano mostram que existe muito mais água na Lua do que os cientistas imaginavam. Em apenas uma cratera do satélite, calcula-se que pode haver quase
Novos resultados de uma missão da Nasa (Agência Espacial Norte-americana) realizada há pouco mais de um ano mostram que existe muito mais água na Lua do que os cientistas imaginavam. Em apenas uma cratera do satélite, calcula-se que pode haver quase 4 mil milhões de litros, o suficiente para encher 1,5 mil piscinas olímpicas.A prova de que a Lua é um mundo dinâmico, e não seco e desolado, oferece a possibilidade da criação de postos espaciais, nos quais futuros astronautas poderiam encontrar água para beber e para fabricar combustível para naves, dizem cientistas num artigo publicado na revista Science.
Em outubro do ano passado, a Nasa lançou o foguete Centauro, a cerca de 100 quilómetros do polo sul do satélite, contra a cratera Cabeus o que libertou enormes quantidades de água, gelo, mercúrio, monóxido de carbono, amoníaco e ainda metais prateados.
“Os recursos estão lá e são potencialmente utilizáveis em futuras missões”, afirmou em conferência de imprensa o cientista Anthony Colaprete, do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, que comparou a cratera de cerca de 100 quilómetros de diâmetro por 25 de profundidade a um oásis no deserto. O fundo desta cratera não recebe a luz do sol há milhares de anos.
“Este lugar parece uma arca do tesouro dos elementos, de compostos que foram liberados por toda a Lua e que foram reunidos nesta cratera de sombra eterna”, disse ainda o geólogo planetário Peter Schultz, da Universidade Brown, de Rhode Island, no artigo da revista Science.
Anthony Colaprete e seus colegas estimaram que 5,6 por cento da massa total dentro da cratera Cabeus seja composta por água congelada.
Provavelmente, a prata está presente em pequenas partículas, e não numa forma que possa ser explorada, disseram os investigadores.