A coleção ibérica de fósseis de dinossauros, "uma das mais importantes a nível mundial", do Museu da Lourinhã merece elogios por parte da BBC que admira o crescimento da pequena vila que é já consid
A coleção ibérica de fósseis de dinossauros, “uma das mais importantes a nível mundial”, do Museu da Lourinhã mereceu, este sábado, elogios por parte da BBC que admira o crescimento da pequena vila que é já considerada a “terra dos dinossauros”.
Pouco tempo depois da notícia de que foi encontrado o fóssil do maior dinossauro carnívoro na vila portuguesa, a BBC publicou um artigo online sobre a importância das descobertas jurássicas para aquela comunidade.
O artigo começa com Octávio Mateus, um prestigiado paleontologista da Lourinhã, que quando era criança descobriu um dente de dinossauro e cujos pais ajudaram há 30 anos a fundar o museu para guardar os achados paleontológicos.
“A verdade é que a Lourinhã tem duas coisas famosas. A região é um dos únicos três produtores oficialmente reconhecidos de aguardente, e as suas rochas são, graças à sua geologia e acessibilidade – principalmente em penhascos ao longo da costa atlântica – um tesouro de fósseis da era do Jurássico”, escreve a BBC.
O artigo descreve a vila com “várias lojas com logótipos das criaturas da pré-história” e até existe” um café que tem na montra um fóssil de uma perna de dinossauro ao lado de deliciosos bolos”.
Também a estrada de entrada da Lourinhã merece destaque pela sua rotunda “que é dominada por grandes silhuetas de metal de três criaturas”.
Museu “inspirador”
“Todo o alarido dos dinossauros se justifica. O museu – instalado no antigo tribunal da cidade – possui uma coleção de fósseis de dinossauros do Jurássico Superior que é o maior da Península Ibérica e um dos mais importantes do mundo”, pode ler-se no artigo.
“É inspirador. É incrível, cheio de coisas para estudar. Podia ficar anos aqui”, revela à BBC, Lou-Octavia Morch, uma estudante francesa de paleontologia, que se encontra a analisar os fósseis do museu.
“Um dos dinossauros presentes no museu é o predador Lourinhanosaurus”, cujo nome foi dado em homenagem à vila, e que foi “identificado como uma nova espécie pelo próprio Octávio quando ainda era estudante de biologia”.
O canal britânico elogia ainda a iniciativa da comunidade para manter o museu, “com todos, desde o diretor ao secretário a trabalhar de graça” e onde “o município fornece um quinto do orçamento”.
“Não seria possível manter a propagação deste município de outra forma. A aguardente é considerada uma das melhores do mundo, mas os dinossauros têm um impacto maior”, explica Octávio no artigo.
“Para a vila, estes animais há muito extintos trouxeram fama e um forte sentido de comunidade” à região, conclui o canal público britânico.
Clique AQUI para ler o artigo (em inglês).
Notícia sugerida por Maria da Luz