Foi descoberto, na Lourinhã, o esqueleto de um dinossauro com cerca de 150 milhões de anos. O paleontólogo português Octávio Mateus, da Universidade Nova de Lisboa, diz tratar-se mais completo esqueleto de um dinossauro carnívoro no mundo.
Foi descoberto, na Lourinhã, o esqueleto de um dinossauro com cerca de 150 milhões de anos. O paleontólogo português Octávio Mateus, da Universidade Nova de Lisboa, diz tratar-se mais completo esqueleto de um dinossauro carnívoro no mundo.
“É seguramente o dinossauro mais completo que temos em Portugal e um dos mais completos do Jurássico Superior em todo o mundo, o que nos permite estudar como é que os dinossauros evoluíram e como, neste caso, deram origem às aves”, refere o investigador, em declarações à agência Lusa.
Na campanha de escavações deste verão do Museu da Lourinhã, que terminou no final do mês de Agosto, o paleontólogo deparou-se com “um dinossauro com o esqueleto quase completo desde os ombros à anca, com as costelas muito bem conservadas e todos os ossos articulados, e ainda com a zona do joelho e uma pata”.
“É um caso invulgar no Jurássico Superior da Lourinhã, porque normalmente descobrimos um ou outro osso isolados e, quando descobrimos mais material, está desarticulado”, explica o responsável, líder das escavações.
“Neste caso, não está completo, mas está muito bem conservado e articulado (com os ossos na posição anatómica, tal como em vida), o que é muito raro”.
A análise preliminar indica que poderá tratar-se de um representante de um grupo de dinossauros carnívoros de pequeno porte, com menos de dois metros de comprimento – os celurossauros. Trata-se de uma espécie do Jurássico Superior, extremamente rara em Portugal.
Ainda assim, mesmo a nível mundial, os celurossauros, “eram conhecidos por dentes e ossos isolados. Portanto este seria o primeiro celurossauro articulado”.
Nas escavações, a equipa do museu descobriu ainda pegadas de dinossauros saurópodes, ornitópodes e pterossauros, uma das quais com 120 centímetros, sendo por isso “uma das maiores que se conhece”, além da mandíbula de um mamífero raro. A campanha reuniu uma dezena de voluntários do museu.
Saiba mais AQUI, no site do Museu da Lourinhã.
Notícia sugerida por Elsa Fonseca e Maria Pandina
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