Vai começar a funcionar em Lisboa, a partir de Maio, a "maior incubadora de empresas da Europa", que vai poder acolher quase 200 projetos de pequenos empreendedores.
Vai começar a funcionar em Lisboa, a partir de Maio, a “maior incubadora de empresas da Europa”, que vai poder acolher quase 200 projetos de pequenos empreendedores em várias áreas de atividade.
O nascimento da incubadora acontece por meio da transformação de dois lotes do empreendimento EPUL Jovem, na Praça de Entrecampos, na capital portuguesa, num conjunto de 42 escritórios junto a universidades e institutos da cidade, como o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresas (ISCTE).
O protocolo de cooperação e parceria entre a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), a Câmara Municipal de Lisboa, a Fundação Calouste Gulbenkian e o centro de investigação AUDAX, do ISCTE, foi assinado esta sexta-feira e vai permitir criar 198 espaços de trabalho.
Por ocasião da cerimónia, Luís Bento, administrador da EPUL, explicou que não se trata de uma “incubadora especializada”. O objetivo é incubar todo o tipo de projetos, sejam eles “de base tecnológica, comercial, industrial, de serviços” de todo o mundo universitário nacional, não existindo também limite de idade.
Basta um computador, uma ideia e 200 euros mensais
Segundo o responsável, bastará aos empreendedores “trazerem um computador, uma ideia e pelo menos 200 euros para o primeiro mês e começar a trabalhar”. Este valor monetário corresponde à mensalidade que terão de pagar, mas é “muito pequeno”, frisa Luís Bento, se for tido em conta que inclui serviços de apoio como secretariado, vigilância e limpeza e pode “abrir as portas a jovens e menos jovens”.
O administrador da EPUL acredita mesmo que a incubadora lisboeta poderá vir a ser “a maior” e “a melhor” a nível europeu, já que terá sempre em mente o propósito de “garantir taxas de sucesso” dos projetos “superiores a 90%”.
Os projetos vão poder estar em “incubação” durante o período máximo de um ano, podendo o prazo prorrogar-se até aos 18 meses mediante pedido e respetiva aprovação, depois de análise.
Porém, mesmo depois de abandonarem a incubadora, os criadores terão à disposição na coroa exterior do empreendimento “espaços que podem ocupar já com as suas empresas”. Deste modo, será possível a quem quiser lançar o seu projeto iniciar a atividade sem sair da zona, embora “pagando uma renda comercial”, revelou Luís Bento.
Uma peça fundamental para promover o empreendedorismo
A Câmara Municipal de Lisboa, uma das parceiras envolvidas no projeto, congratulou-se com a criação desta incubadora, salientando que a mesma “surge como mais uma peça fundamental na estratégia municipal de criação de novos espaços” para promover o empreendedorismo e gerar mais empresas e mais emprego.
De sublinhar que esta é a segunda incubadora de empresas a ganhar vida na capital, depois de, no início deste mês, ter inaugurado a StartUp Lisboa na Baixa Pombalina, conforme avançou, à data, o Boas Notícias.
As candidaturas para integrar a nova incubadora podem ser feitas a partir da próxima semana.
[Notícia sugerida por Fernando Pereira]