“A Líbia decidiu aplicar de imediato um cessar-fogo e dar por encerrada todas as operações militares”, anunciou o ministro líbio das Relações Exteriores, Musa Kusa, numa entrevista coletiva.
O ministro afirmou que o país, por ser membro das Nações Unidas, está “obrigado a aceitar a resolução do Conselho de Segurança da ONU”.
Esta quinta feira, o Conselho de Segurança votou a favor do uso da força contra as tropas pró-Kadhafi, abrindo assim o caminho para bombarmentos aéreos depois de quase um mês de insurreição reprimida de forma violenta pelo regime. A resolução exigia um cessar-fogo imediato e o fim dos combates.
Poucas horas depois da aprovação da resolução, um porta-voz do governo líbio afirmou que a decisão da ONU era uma “agressão”. E um dos filhos de Khadafi, Saif al-Islam, afirmou que a resolução era “injusta”, pois a Líbia não estava a bombardear civis. No entanto, esta sexta-feira, o governo líbio mudou de posição e decidiu acatar as recomendações das Nações Unidas.
Líbia liberta jornalistas do New York Times
Entretanto, além do cessar-fogo, o regime de Kadhafi anunciou também a libertação dos quatro jornalistas norte-americanos capturados pelas autoridades do governo da Líbia, avança uma fonte do jornal norte-americano New York Times, citada pela AFP.
Os repórteres Anthony Shadid – vencedor do Prémio Pullitzer por duas vezes -, Stephen Farrell e os fotógrafos Tyler Hicks e Lynsey Addario foram dados como desaparecidos na quarta feira, no decorrer de um conflito entre rebeldes e as forças do governo líbio.
De acordo com o porta-voz do New York Times, Robert Christie, os oficiais de Khadafi terão confirmado ontem que os jornalistas estavam detidos, mas acrescentaram que a sua libertação aconteceria esta sexta feira.
A mesma informação foi reiterada pelo filho do líder líbio, Saif al-Islam Kadhafi, numa entrevista concedida ao canal televisivo ABC News.