Numa altura em que se assinala a Semana do Aleitamento Materno, o médico responsável pelo banco, Israel Macedo, lembra que o leite doado é usado para alimentar bebés prematuros quando a mãe não o tem em quantidade suficiente ou ainda nos casos em que é contra-indicada a amamentação, como acontece com as mães seropositivas.
Atualmente encontram-se ativas 35 dadoras, do total de 70 que já contribuíram mas que entretanto deixaram de ter leite suficiente ou optaram por suspender a doação.
“Neste momento fazemos duas pasteurizações por semana e estamos com necessidade de passar a três. Em cada pasteurização tratamos nove litros de leite. Por mês estamos a processar uma média de 70 litros de leite”, precisou Israel Macedo à agência Lusa, acrescentando que a grande maioria dos pais dos bebés recetores têm “uma reação muito positiva” e “já estão esclarecidos e sabem que a primazia é dada ao leite da própria mãe e que este leite serve para completar, quando o da própria mãe não é suficiente”.
Aliás, a segurança dos pais é uma das prioridades deste serviço. Por isso, a vigilância das condições de saúde e higiene domiciliária das dadoras e controlo serológico do leite é feito pelo Instituto Português do Sangue.
Este serviço possibilitou mesmo o fornecimento de leite materno a outras unidades, como o caso do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). Além disso, quase metade das dadoras do banco de leite materno não tiveram os seus filhos na Maternidade Alfredo da Costa, provando que o banco de leite “acaba por ser um departamento aberto e disponível para receber e dar a uma população muito superior à própria maternidade”, diz Israel Macedo.