Centenas de toneladas de legumes portugueses que estão a ser retirados do mercado por causa do surto da E-coli mas ainda estão em “óptimas condições” vão ser distribuídos de forma gratuita a instituições sociais. Em compensação, os agricultores vão receber ajudas da União Europeia pelos produtos que não foram escoados para os mercados.
José Canha, diretor executivo Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores-Portugal Fresh, disse à agência Lusa que as instituições sociais podem beneficiar, de forma gratuita, dos legumes nacionais que estão a ser retirados do mercado.
O responsável adiantou que, “desde o início desta semana, estão a ser desviados do mercado produtos nacionais de ótima qualidade para serem consumidos frescos ou em sopas”. Devido ao surto da E-coli já foram retiradas do mercado 600 toneladas de legumes, na sua maioria pepinos, tomates e curgetes.
Numa primeira fase os legumes estão a ser entregues a organizações de produtores nos concelhos de Torres Vedras (Primores do Oeste, Hortorres e Carmo e Silvério), Peniche (Hortapronta), Vila Franca de Xira (Agro Campestre) e Alcochete (Hortifilha), e depois serão doados a instituições sociais.
“Os produtos existentes no final da semana passada foram reencaminhados para a alimentação dos animais, porque já tinham três ou quatro semanas e não estavam nas melhores condições de consumo”, explicou José Canha à Lusa.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]