A certificação BPL, baseada em exigentes diretivas europeias, garante que os estudos pré-clínicos (antes de serem aplicados em humanos) do LRH com produtos farmacêuticos são seguros para a saúde e o ambiente de pessoas e animais. Apenas três laboratórios portugueses possuem esta certificação.
O selo de qualidade advém da vasta experiência do LRH na área da Biologia da Reprodução e certifica os estudos toxicológicos realizados in vitro, nomeadamente com contracetivos.
O presidente do CNC e diretor do LRH, João Ramalho-Santos, afirma que esta certificação «é um passo no sentido de diversificar as valências do laboratório para realização de trabalhos com elevada exigência e de potenciar parcerias científicas e técnicas com a indústria farmacêutica. As normas BPL são muito exigentes e o facto de a certificação ter sido atribuída a um laboratório primordialmente dedicado à investigação é um testamento à qualidade e dedicação de toda a equipa».
Os resultados das inspeções de BPL de laboratórios efetuadas por um país são vinculativas para outros Estados aderentes a este regime. A certificação visa evitar a duplicação de investigações nos diferentes países, rentabilizando tempo e recursos.
Os países com laboratórios certificados com BPL promovem o comércio internacional de produtos químicos, através da possibilidade de comparação internacional dos diferentes estudos.
A fiscalização BPL incide sobre instalações, gestão e organização científica do laboratório, tipos de estudo, competências da equipa, saúde dos investigadores, utilização e armazenamento de substâncias químicas, procedimentos de controlo de pragas, manutenção e calibração de instrumentos de medida e sistemas informáticos.
A certificação é fiscalizada, em território nacional, pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ) e o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (INFARMED) conforme a diretiva número 2004/9/CE.