Há cada vez mais jovens portugueses empreendedores com vontade de inovar e criar os seus próprios projetos. Por outro lado, Portugal é um bom local para desenvolver um negócio virado para a exportação. Estas foram duas das ideias defendidas na 5ª edição do Luso2011, que se realizou no dia 18 de junho, na Universidade de Nottingham, Reino Unido.
Nos últimos 15 anos tem-se verificado um aumento do empreendedorismo dos jovens portugueses e esta opção é já encarada como alternativa à vida académica.
“Hoje todas as faculdades de economia estão a ter cadeiras de empreendedorismo, mais do que uma, e as faculdades de engenharia começam a ter cadeiras de gestão”, contou à agência Lusa, Manuel Forjaz, empresário e professor universitário de empreendedorismo, que esteve presente no Luso 2011.
O professor da Universidade Nova de Lisboa apresentou, em conjunto com Ricardo Zózimo, uma sessão sobre empreendedorismo social que atraiu muitos dos cerca de 70 participantes do Luso2011.
“Acho que é transversal à juventude portuguesa […] a vontade de aprender, construir, criar a sua independência em relação aos seus próprios projetos e acho que essa revolução está a acontecer e vai acelerar muito nos próximos anos”, afirmou Manuel Forjaz.
Portugal é bom para desenvolver empresas de exportação
No mesmo encontro, o presidente executivo da Living PlanIT, a primeira cidade sustentável e inteligente da Europa que está a nascer em Paredes, garantiu que Portugal é um bom país para desenvolver um negócio se o objetivo for exportar.
“Se se tem uma companhia virada para o estrangeiro e há mercados bons e vibrantes para onde exportar produtos, Portugal é um óptimo sítio para estar”, garantiu Steve Lewis à agência Lusa em Nottingham.
Vivendo há três anos e meio em Portugal, Steve Lewis afirma ter uma experiência positiva devido a vários factores, com destaque para o “talento incrível” que encontrou, essencial para um negócio de investigação, desenvolvimento e engenharia.
“Encontrámos pessoas com uma ética de trabalho muito forte, altamente cooperativos, criativos, poliglotas, multiculturais”, elogiou o cofundador do projecto.
Outras vantagens do país que referiu foram a localização geográfica, as infraestruturas de transportes e telecomunicações e ainda uma boa qualidade de vida, importante para atrair alguns profissionais para se instalarem em Portugal.
Lewis diz que não se intimida com as restrições atuais da economia portuguesa e está confiante de que o crescimento da Living PlanIT vai contribuir para a economia de Portugal através da incubação de empresas e trabalho com pequenas e médias empresas.
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[Noticia sugerida por Bruno Melo e Raquel Baêta]