Durante seis semanas, Tiago Dias abriu as portas de casa e serviu centenas de refeições para juntar fundos e partir em missão para o Quénia. O português quer ajudar as crianças infetadas com vírus HIV, mostrando-lhes que "há vida depois do contágio".
Durante seis semanas, o jovem Tiago Dias abriu as portas de casa e serviu centenas de refeições para juntar fundos e partir em missão para o Quénia. O português quer ajudar as crianças infetadas com vírus HIV, mostrando-lhes que “há vida depois do contágio”.
Com apenas 25 anos, Tiago arregaçou as mangas e preparou mais de 200 refeições para servir à mesa na sua própria casa. Centenas de estranhos passaram por lá e contribuíram para a realização da missão que está a levar a cabo desde há duas semanas, no Quénia.
Ajudar em África a partir de Portugal
Assim que criou a Passo Positivo, a prioridade de Tiago foi arranjar uma forma de os portugueses poderem continuar ajudar enquanto estivesse em missão.
O grande “alvo” do jovem farmacêutico é Kimera, a maior favela do mundo. Ali, em conjunto com o African Health Community Programme (AHCP), criou a Associação Passo Positivo, que visa “desmistificar o 'monstro' que é ser-se seropositivo”.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Tiago Dias explica que “no Quénia, as crianças não têm noção que o comprimido diário que têm de tomar lhe pode prolongar muito a vida. Como não veem consequências na sua saúde por deixarem de o tomar, não se preocupam.”
“A minha missão é explicares-lhe, de uma forma simples e divertida, que, tomando aquele pequeno comprimido, a vida deles será muito mais feliz e duradoura”, esclarece o jovem, acrescentando que a sua intervenção será sempre “no campo prático, junto das comunidades locais, através do convívio com a população”.
Ajudar em África a partir de Portugal
Assim que criou a Passo Positivo, a prioridade de Tiago foi arranjar uma forma de os portugueses poderem continuar ajudar enquanto estivesse em missão.
“Enquanto aqui estiver, o meu objetivo é chegar ao maior número de pessoas. Já consegui 1.000 euros, que trouxe de Portugal, mas, aqui, o choque foi enorme e percebi que numa favela havia mais de 3 milhões de pessoas a precisar de ajuda”, conta o jovem.
Por isso, com apenas 0,20 cêntimos, é possível oferecer uma escova de dentes a uma criança no Quénia e, por apenas 3 euros, compram-se medicamentos para uma criança durante um ano.
“Criei um protocolo que me permite guardar aqui medicamentos e escovas de dentes durante um ano. Quando as crianças estiverem em falta, a associação entrega nas escolas que escolhi”.
Quem quiser ajudar o projeto deste português pode fazê-lo AQUI.