Uma jovem chinesa com paralisia cerebral decidiu desafiar todas as suas limitações e está a escrever um livro... com o pé. Hu Huiyan, de 21 anos, consegue digitar entre 20 a 30 palavras por minuto e já completou seis dos oito capítulos da sua obra.
Uma jovem chinesa com paralisia cerebral decidiu desafiar todas as suas limitações e está a escrever um livro… com o pé. Hu Huiyan, de 21 anos, consegue digitar entre 20 a 30 palavras por minuto e já completou seis dos oito capítulos da sua obra de ficção.
Quando nasceu, os médicos disseram aos pais de Hu Huiyan que a filha tinha apenas alguns dias de vida, mas a chinesa sobreviveu e, 10 meses depois, acabou por ser diagnosticada com paralisia cerebral.
“As únicas partes do corpo que ela conseguia mover eram a cabeça e o pé, mas sempre foi incrivelmente determinada e acabou por aprender a fazer todo o tipo de tarefas diárias usando apenas o pé”, conta Peng Huiyan, pai da jovem, em declarações à agência de notícias CEN.
Apesar dos obstáculos que o seu próprio corpo lhe colocou desde o início da vida, Hu Huiyan, residente numa aldeia rural na província chinesa de Anhui, no leste da China, onde ainda é difícil para muitas crianças ir à escola, sempre primou pela determinação e aprendeu, sozinha, a ler e a escrever com a ajuda das legendas dos programas de televisão.
“Escrever usando somente o pé não é fácil. Quando está a digitar no teclado, a Hu tem de estar presa à cadeira de rodas para se manter estável”, explica a mãe da jovem, Sun, recordando que, embora tenha tido, em pequena, dificuldades para aprender a falar, a filha fazia questão de repetir cada palavra “mil vezes” até conseguir dizê-la.
“Não sou um génio, mas sou muito concentrada. Quando temos uma deficiência como esta, temos de aprender a ter paciência”, admite a jovem numa entrevista uma estação de televisão local.
Recorrendo apenas ao seu pé esquerdo e à sua força de vontade, Hu Huiyan já escreveu seis capítulos do seu livro, um romance com mais de 60.000 palavras, tudo porque, segundo garante, vive fascinada com a oportunidade de ler e de escrever e com o facto de essas 'habilidades' lhe permitirem comunicar com os outros.