Uma crónica publicada no The Globe and Mail conta a experiência da visita a duas quintas da região e o fascínio causado pela tradição ancestral que ainda se mantém de pisar a uva, elogiando ainda os vinhos do Porto.
O Vale do Douro esteve, em Agosto, entre os destaques do jornal canadiano The Globe and Mail. Uma reportagem publicada na secção “Destinos” do jornal conta a experiência da visita a duas quintas da região e o fascínio causado pela tradição ancestral que ainda se mantém de pisar a uva, elogiando ainda os vinhos do Porto, que continuam a afirmar o seu estatuto pelo mundo.
No artigo, a cronista Susan Smith revela que viajou com o marido até à Invicta para “testemunhar a transformação” nas vinhas do Douro, em especial o “renascimento da produção vitivinícola” após a entrada de Portugal na União Europeia, que permitiu a muitos produtores voltar a exportar as suas próprias marcas de Vinho do Porto, bem como tintos e brancos muito premiados internacionalmente.
Numa passagem pela Quinta do Portal, a autora diz ter descoberto mais sobre o “velho ritual” de pisar as uvas “praticado desde que os romanos eram donos do mundo Ocidental” e que permite, explica Smith, “libertar o sumo das uvas que tornou estes vales famosos pelo seuVvinho do Porto”.
Além de uma viagem até ao passado e uma volta pelo lagar, onde um santo – “provavelmente S. Vicente, um santo padroeiro do vinho”, escreve a cronista – se destaca na parede, houve ainda tempo para um “salto” ao futuro com a visita à cave de 4.700 metros quadrados com temperatura controlada desenhada por Siza Vieira, um “exemplo brilhante de modernidade”.
A ida ao Vale do Douro incluiu ainda a passagem por uma outra quinta, a Quinta de La Rosa, que tem marcado a diferença graças aos seus vinhos de mesa. Pelo caminho, “as vinhas e as oliveiras a brilhar ao sol, além das curvas e contracurvas” sobressaem na paisagem, completa com os barcos rabelos, antigo transporte do vinho.
Por entre o discurso elogioso, Susan Smith deixa ainda um conselho aos amantes do vinho que queiram seguir-lhe o exemplo e conhecer a região portuguesa. “Se sofrem de vertigens ou não gostam de muitas voltas, considerem a hipótese de explorar o Vale do Douro de barco”, sugere.
“Porém, a viagem de carro permite apreciar os séculos de trabalho manual” dos antigos viticultores que possibilitaram o nascimento das vinhas e da paisagem que é, hoje, célebre em todos os mapas vínicos internacionais, conclui a cronista.
Clique AQUI para aceder à crónica do The Globe and Mail (em inglês).