Escreveu-se história no Sintra Portugal Pro, com a bandeira portuguesa a subir ao lugar mais alto do pódio pela terceira vez em 22 anos de evento, graças a Joana Schenker, bodyboarder algarvia que bateu a ex-campeã mundial Alexandra Rinder (Canárias) numa final emocionante. Em terceiro lugar, a campeã mundial em título, Isabela Sousa (Brasil).
Imediatamente após a buzina que anunciou o fim da final feminina e o triunfo histórico de Joana Schenker, a atleta de Vila do Bispo não conseguia esconder a profunda emoção:
“Nem tenho palavras para o que esta a acontecer, é um sonho tornado realidade. Lembro-me de ter vindo a este campeonato pela primeira vez há 14 anos e vê-las vencer aqui e parecia-me uma coisa do outro mundo, e agora, ao fim destes anos todos, conseguir o mesmo…é fruto do trabalho, se calhar é isso.”
Esta vitória, na prova mais pontuada do circuito feminino, lança a portuguesa no rumo de um eventual título mundial profissional, feito que seria inédito para um bodyboarder nacional.
“Agora vou começar a pensar no Mundial, pois esta vitória abre-me a porta para a possibilidade de ser campeã mundial. Agora tudo é possível e gostaria de dedicar este título ao Francisco Pinheiro, a pessoa que me tem acompanhado sempre, que me tem acompanhado sempre e que me dá mais nas orelhas (risos)”, assumiu Schenker.
Destaque também para o triunfo do havaiano Sammy Morretino na prova de Bodyboard Dropknee que assim conquistou o seu primeiro título mundial numa final frente ao compatriota Dave Hubbard, 7 vezes campeão do Mundo e lenda viva da modalidade. O terceiro lugar “ex-aequo” foi para o perunano César Bauer, outro antigo campeão mundial da especialidade e para o francês Amaury Lavernhe.
“Há 10 anos que assisto a este evento online e é fantástico estar aqui e ganhar. E bater o Dave Hubbard para o título mundial é incrível, uma benção dos céus.”
Na prova Open, as honras foram para o sul-africano Ian Campbell, líder do “ranking” APB, que bateu o brasileiro Uri Valadão. Alex Uranga foi terceiro classificado. O campeão mundial em título, Pierre Louis Costes, ficou pelo quarto lugar.
“Foi uma semana complicada, com condições loucas, por isso vencer assim é excelente. Qualquer vitória no Mundial é preciosa, mas ainda não estou a pensar no título mundial, ainda temos mais alguns eventos e há que manter a cabeça fria até ao fim.”
Finalmente, no projunior (sub-21), vencido pelo junior Bruno Martin, excelente prestação dos portugueses Tomás Rosado e Joel Rodrigues, eliminados na meia-final.