O Jardim das Oliveiras pretende “promover a olivicultura, demonstrando a sua importância histórica, cultural e económica” no concelho de Moura e no Alentejo, “marcados” pela produção de azeite, explicou à agência Lusa o vereador da Câmara de Moura Santiago Macias.
No jardim, com 1.600 metros quadrados e situado na horta do edifício do antigo Grémio da Lavoura, estão plantadas as variedades de oliveira mais tradicionais e representativas do Alentejo, como a cordovil e a verdeal de Serpa ou Moura, a galega grado de Serpa, a galega vulgar e a verdeal galega, indicou.
O jardim, criado pela Câmara de Moura em parceria com o Centro de Estudos e Promoção dos Azeites do Alentejo (CEPAAL), implicou um investimento de 195 mil euros, financiado em 171 mil e 500 euros por fundos comunitários e do Turismo de Portugal, sendo a verba restante assegurada pela autarquia.
Através das suas componentes paisagística, histórica, cultural e de lazer, o município pretende que o jardim seja “mais uma atração turística” da cidade de Moura e “sirva para promover o turismo no concelho e na região Alentejo”, disse o autarca.
Por outro lado, frisou, o jardim pretende “explorar” a proximidade com o Museu do Azeite do CEPAAL e o antigo Lagar de Varas do Fojo, convertido em museu, para desenvolver atividades pedagógicas sobre olivicultura e azeite, como visitas e formações.
Segundo Santiago Macias, a Câmara de Moura deu o nome Miguel Hernández ao jardim em homenagem ao “grande” poeta espanhol, o autor do poema “Aceiteros” (azeiteiros) e cujo destino está associado ao concelho de Moura, onde se refugiou em 1939 das autoridades franquistas.