A Coleção de Arte da UNESCO acaba de ganhar a sua primeira peça portuguesa. Trata-se de uma fotografia do artista lisboeta Jorge Molder, que, assim, se junta a obras de arte de nomes como Picasso, Miró, Henry Moore, Giacometti ou Le Corbusier.
A Coleção de Arte da UNESCO acaba de ganhar a sua primeira peça portuguesa. Trata-se de uma fotografia do artista lisboeta Jorge Molder, que, assim, se junta a obras de arte de nomes como Picasso, Miró, Henry Moore, Giacometti ou Le Corbusier.
A imagem foi entregue na passada quarta-feira à diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Irina Bokova.
“O comité que avalia as propostas mostrou-se aberto a receber uma obra de arte de Portugal para incluir na coleção e sugeriu que fosse fotografia”, contou à Lusa Manuel Maria Carrilho, o autor da proposta.
Manuel Maria Carrilho, que, entre 2009 e 2010 foi representante permanente de Portugal na UNESCO, explicou que pensou em Jorge Molder “porque é um artista já com grande reconhecimento a nível internacional”.
“É a primeira obra de arte portuguesa a entrar nesta coleção, onde se encontram grandes nomes da História da Arte mundial e, além disso, é a primeira fotografia em suporte digital”, destacou.
Obra foi “muito elogiada” pelo comité da UNESCO
A imagem em causa faz parte da série “Registos Provisórios”, de 2003, que Jorge Molder ofereceu ao Estado Português e, por seu turno, Manuel Maria Carrilho propôs à UNESCO que fosse incluída na coleção.
Segundo o autor da proposta, o processo é habitualmente muito demorado e o comité de seleção da UNESCO é bastante seletivo, mas a fotografia foi aceite com rapidez e “muito elogiada”.
No entender de Carrilho, a inclusão de uma obra de arte portuguesa na coleção da UNESCO “representa um grande reconhecimento da arte contemporânea portuguesa e também um reconhecimento internacional da área da fotografia”.
Jorge Molder, nascido em Lisboa em 1947, está representado nas mais importantes coleções portuguesas, entre elas a da Caixa Geral de Depósitos, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e o Centro de Arte Moderna José de Azeredo de Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian, todas elas em Lisboa.
Também está representado no estrangeiro, em coleções como a do Everson Museum of Art (Nova Iorque), Maison Européenne de la Photographie (Paris), Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Madrid) e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil).
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