Um sistema de lençóis que reduz o risco de asfixia em recém-nascidos durante o sono foi desenvolvido na Universidade do Minho pela bracarense Mónica Ferreira. O “SafetyBabyBed” mantém os bebés em segurança quando estão a dormir, impedindo-os que deslizem na cama ou puxem os lençóis para cima da cabeça. Cerca de 20% das crianças vítimas de morte súbita são encontradas com a cabeça coberta por roupa de cama.
O conceito foi amadurecido no Laboratório de Ideias de Negócio e no Laboratório de Empresas, ambos promovidos pela TecMinho, interface universidade-empresa da UMinho. Surgiu depois de Mónica Ferreira, mãe de dois filhos, ter sido alertada pelos profissionais de saúde sobre o risco de sufocamento de bebés provocado pela roupa de cama e por ter conhecimento de “situações de susto” ocorridos com pessoas próximas. “Sabe-se que os latentes, nos primeiros meses de vida, não têm ainda bem desenvolvido a perceção da obstrução e os reflexos de defesa. O objetivo é que esta solução proporcione aos bebés e aos pais um sono mais tranquilo, diminuindo drasticamente o risco de abafamento”, explica a promotora de 42 anos.
O projeto destaca-se pelo seu design único que impede o bebé de deslizar para baixo dos lençóis, graças a um sistema de retenção/segurança que é ajustável consoante o crescimento e amovível a qualquer momento. Ou seja, os lençóis poderão ser usados normalmente a partir daí. Este modelo integra ainda um fecho adaptado para a criança não se destapar durante a noite, mantendo a temperatura ideal. Desta ideia nasceu a B-Mum, uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções seguras e práticas para pais e filhos.
O “SafetyBabyBed” está em fase final de patenteamento e à venda online e em mais de 20 lojas do país. Chegou à semifinal do concurso “Acredita Portugal – Novo Banco 2015”, foi apresentado ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa iniciativa realizada no âmbito da Capital Iberoamericana da Juventude – Braga 2016, e venceu recentemente o 1º Prémio do programa “Novas Empresas Tecnológicas Têxteis”. Tem contado com o apoio da TecMinho, do Serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Guimarães e do CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal.