É do conhecimento geral que as férias são associadas a momentos de diversão, relaxamento e satisfação pessoal. Agora, um novo estudo britânico veio comprovar que ir de férias é mesmo benéfico para a saúde.
É do conhecimento geral que as férias são associadas a momentos de diversão, relaxamento e satisfação pessoal. Agora, um novo estudo britânico veio comprovar que ir de férias é mesmo benéfico para a saúde, contribuindo para reduzir a pressão arterial, aliviar o stress, melhorar a qualidade do sono e, em última instância, rejuvenescer o nosso corpo.
A conclusão é de um grupo de investigadores do The Holiday Health Experiment, projeto financiado pela associação solidária de cuidados de saúde Nuffield Health e pela agência de viagens Kuoni, que observou também que os benefícios de umas férias podem fazer-se sentir durante largos meses.
De acordo com o Daily Mail, o estudo em causa comparou a saúde das pessoas que fizeram férias em locais como a Tailândia, o Peru ou as Maldivas com a daqueles que ficaram em casa e continuaram a trabalhar.
Durante a investigação, que envolveu 12 voluntários, os participantes responderam a um inquérito acerca da sua saúde e estiveram ligados a monitores cardíacos para a medição dos seus padrões de sono e da sua resistência ao stress.
Além disso, foram submetidos a testes psicoterapêuticos e aconselhados a seguir uma determinada dieta e estilo de vida ao longo do verão de 2012. Depois, metade dos participantes passou férias no estrangeiro durante duas semanas, ao passo que a outra metade deu continuidade à sua atividade profissional.
No final das férias, os investigadores conduziram uma segunda série de testes clínicos e psicológicos, tendo sido os voluntários ligados, novamente, a monitores cardíacos durante três dias.
Descanso também ajuda a reduzir risco de obesidade e diabetes
O estudo concluiu que, em média, a pressão arterial daqueles que foram de férias diminuiu 6%, ao passo que a dos trabalhadores que se mantiveram nos seus escritórios subiu 2% durante o mesmo período.
Além disso, a qualidade do sono das pessoas que descansaram num país estrangeiro melhorou 17%, ao contrário do que aconteceu com a outra metade do grupo, na qual se observou uma diminuição média de 14%.
De acordo com os responsáveis pela investigação, observou-se igualmente que a capacidade daqueles que foram de férias de recuperar do stress aumentou 29%, tendo-se registado uma queda de 71% nesta capacidade entre aqueles que continuaram a rotina.
As férias contribuíram ainda para que o grupo que viajou para o exterior assinalasse uma diminuição significativa nos níveis de glicose no sangue, o que contribui para a redução do risco de diabetes e obesidade e melhora o humor e os níveis de energia.
Christine Webber, uma das especialistas envolvidas no estudo, afirmou que a redução da pressão arterial diminui o risco de AVC e ataques cardíacos e que as melhorias no sono beneficiam o sistema imunitário.
“Os nossos resultados parecem querer dizer que a maioria das pessoas se sente mais feliz, descansada e menos stressada após as férias”, afirmou, citada pelo Daily Mail. “Porém, mais importante do que isso, é o facto de termos descoberto que estes benefícios se prolongam no tempo e se mantêm vários meses após o tempo de descanso”, acrescentou.
Webber salientou ainda que “não é preciso estar deitado na areia da praia para relaxar. Na verdade, durante a experiência, o casal que teve as férias mais 'agitadas' foi também aquele no qual se observou uma redução mais significativa do stress”.
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