Este método permite a realização de radiocirurgia intracraniana e extracraniana, com “elevada precisão na definição do alvo a eliminar”, referiu o presidente do IPO/Porto, Laranja Pontes, citado pela agência Lusa.
“Comodidade, rapidez e precisão” foram também apontadas pela diretora do Serviço de Radioterapia, Helena Pereira, como as principais vantagens do novo método, a que se alia “a redução da toxicidade dos tecidos que rodeiam as lesões benignas e malignas a tratar”.
Helena Pereira apontou a sua utilização nos tumores intracranianos, referindo que ao contrário do que acontece com o método convencional, “evita a utilização de uma espécie de esquadria fixada por parafusos cruentamente ao crânio do doente”.
“O doente tinha de esperar com aquilo na cabeça até que o plano de tratamento estivesse feito, com o incómodo de trazer aquele capacete sempre fixado. Este novo método permite fazer o trabalho com a mesma precisão ou mais e com muito maior comodidade para o doente”, acrescentou.
Sistema mais preciso e com maior alcance
O denominado sistema “Novalis T + Exactrac” permite aliar a versatilidade na alteração das características da radiação, obtida por dispositivos de alta resolução, à precisão dos sistemas de imagem, os quais permitem a verificação e a correção do posicionamento do paciente durante o tratamento, recorrendo a uma mesa robotizada.
O sistema aplica uma elevada taxa de radiação e adequa exatamente os feixes de tratamento ao tamanho e forma do tumor. A potência aliada à precisão permite que a radiocirurgia alcance tumores em zonas profundas e inacessíveis do corpo, consideradas inoperáveis.
Esta técnica começou a ser experimentada no IPO/Porto desde Dezembro de 2011, com “excelentes resultados”, mas Helena Pereira salienta que esta só pode utilizada em “tumores muito bem selecionados”, não podendo ser aplicada “em lesões superiores a 3 centímetros”.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]