O investimento global em energias limpas atingiu números recorde em 2011, tendo crescido 5% apesar do ano turbulento vivido em termos económicos.
O investimento global em energias limpas atingiu números recorde em 2011, tendo crescido 5% apesar do ano turbulento vivido em termos económicos nos vários setores de atividade.
A conclusão é da Bloomberg New Energy Finance que esta semana deu a conhecer, em comunicado, um aumento de cerca de 230 mil milhões de euros no investimento em todo o mundo durante o ano passado, o que corresponde a quase cinco vezes o investimento total em 2004.
De acordo com a entidade, os valores são “particularmente impressionantes” por terem sido conseguidos em circunstâncias tão adversas e durante um período em que a indústria das energias renováveis sofreu “grandes pressões em termos de margens de lucro, falências, cortes nos apoios”, entre outras contrariedades.
Os aspetos mais relevantes de 2011 dizem respeito a um crescimento de 36% na aposta global em enegia solar e a uma queda de cerca de 17% no investimento em energia eólica.
Segundo Michael Liebreich, diretor executivo da Bloomberg New Energy Finance, o sucesso da energia solar é surpreendente “se considerarmos que o preço dos painéis fotovoltaicos foi reduzido em 50%”, embora esta redução tenha sido compensada com o aumento das vendas.
EUA e Europa com boas prestações
Outro fator a realçar é o desempenho dos Estados Unidos durante o período em questão, já que o país conseguiu ultrapassar a China, que se encontrava à frente em termos de investimento em energias limpas desde 2009. Nos EUA, em 2011, o investimento subiu mais de 33%, ao passo que na China o crescimento foi de apenas 1% face a 2010.
Globalmente, a Europa assistiu a um aumento de 3% na aposta neste tipo de energias, sendo a instalação de painéis solares o investimento mais relevante, em especial na Alemanha e em Itália. O documento destaca ainda a contribuição do Brasil e da Índia, que também contaram com um crescimento significativo de renováveis.
Fazendo um balanço, Michael Liebreich frisou que “2011 foi um ano melhor para a indústria das energias limpas do que aquilo que poderíamos ser levados a acreditar devido à cobertura noticiosa”.
O responsável alertou para o facto de “por cada companhia a operar com margens negativas” haver “um empresário a conseguir um bom negócio” e olhou para 2012 com esperança, defendendo que este será, provavelmente, “outro ano desafiante”.
Clique AQUI para ler o comunicado na íntegra (em inglês).
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