Por detrás da invenção está uma equipa da Universidade da Califórnia, que diz que este material pode vir a ser utilizado no fabrico da nova geração de baterias e amortecedores para automóveis.
A extrema leveza deste metal deve-se à sua composição, feita por pequenos tubos metálicos ocos, organizados numa micro rede. Esta rede é constituída por um padrão cruzado com pequenos espaços abertos entre os tubos.
“O truque é fabricar uma rede de tubos ocos interligados com uma parede de espessura mil vezes inferior à de um cabelo humano”, explicou Tobias Sandler, que lidera a investigação, à BBC.
O estudo foi publicado esta semana na revista Nature e promete vir a revolucionar a atual conceção existente sobre os metais leves. Esta substância tem uma densidade de 0,9 miligramas por centímetro cúbico, enquanto a densidade do metal até agora considerado como o mais leve (aerogel de sílica) é de 1,0 mg.
Além disso, este novo metal ganha também em resistência, já que as substâncias ultraleves são normalmente menos rígidas e fortes, e têm menos capacidade de absorção de energia. Os engenheiros que estiveram envolvidos na investigação, garantem que a força deste metal se deve à natureza do seu design.
“As construções modernas, como a Torre Eiffel ou a Ponte Golden Gate são incrivelmente leves e eficientes em virtude da sua arquitetura”, disse William Carter, gestor de materiais arquitetónicos da universidade. Com esta criação, a equipa acredita estar a “revolucionar os materiais leves, trazendo o conceito para as escalas nano e micro”, cita a BBC.
No futuro, os investigadores acreditam que este metal pode vir a ser usado para isolamento térmico, eletrodos de baterias e produtos que precisam de amortecer o som, a vibração e a energia de choque.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]