As moléculas presentes no glúten que são tóxicas para as pessoas com doença celíaca foram identificadas por investigadores australianos. A descoberta proporciona uma esperança para quem sofre da doença e não podem consumir certas qualidades de pão, c
[Fotografia:© www.flickr.com:LookatLao,file photo]As moléculas presentes no glúten que são tóxicas para as pessoas com doença celíaca foram identificadas por investigadores australianos. A descoberta proporciona uma esperança para quem sofre da doença e não podem consumir certas qualidades de pão, cereais, massa, cerveja e outros alimentos que contenham esta proteína.
Quase metade dos adultos com doença celíaca têm danos nos intestinos mesmo quando adotam uma dieta livre de glúten. A ingestão de glúten em intolerantes bloqueia a absorção de nutrientes no intestino delgado.
A investigação permitiu identificar três fragmentos do glúten que aparentemente desencadeiam a reação imunológica nos portadores da doença. Ao todo, o glúten tem 16 mil componentes.
Para chegar a este resultado, os cientistas fizeram um “perfil” das respostas imunes de 244 voluntários portadores da doença. Os voluntários tiveram de comer alimentos com glúten por três dias e depois passaram por exames ao sangue, para se analisar a reação das células do sistema imune.
A descoberta pode ser usada agora para desenvolver um medicamento que contenha doses muito pequenas de cada um dos três componentes. A ideia é expor o sistema imunitário a doses regulares muito pequenas de modo a que o corpo se possa acostumar, aos poucos, a eles e aumentar a sua tolerância.
A descoberta terá impacto significativo na vida destes doentes que vivem sob a constante preocupação e dúvida se os alimentos que ingerem têm ou não glúten. Quando se é alérgico ao glúten outras complicações podem advir como a osteoporose, fadiga crónica, risco de infertilidade, aborto ou cancro no aparelho digestivo.