Um hospital brasileiro criou uma sala de quimioterapia "divertida" para as crianças e adolescentes em tratamento contra o cancro. A "Quimioteca" disponibiliza aos mais novos brinquedos e jogos educativos, bem como "mini-televisões" individuais.
Um hospital brasileiro criou uma sala de quimioterapia “divertida” para as crianças e adolescentes em tratamento contra o cancro. A “Quimioteca” do Hospital Estadual de Bauru, em São Paulo, disponibiliza aos mais novos brinquedos e jogos educativos, bem como “mini-televisões” individuais para tentar reduzir ao máximo o desconforto.
O espaço lúdico nasceu, há cerca de um ano, pela mão da Associação Bauruense de Combate ao Cancro (ABCC), que contou com o apoio da Fundação Ronald McDonald e da comunidade local, junto da qual foram angariados fundos para a criação desta sala especial para os jovens doentes oncológicos.
Em entrevista ao Jornal da Cidade de Bauru, Cristina Aidar, presidente da ABCC, explica que a “Quimioteca” tem como objetivo privilegiar o ato de brincar, que, muitas vezes, é esquecido depois do diagnóstico e durante o tratamento.
Segundo a responsável, a sala dispõe de mobílias coloridas e de uma decoração “que remete para a tranquilidade, com motivos do fundo do mar” e personagens bem conhecidas do imaginário dos mais novos, como é o caso do mais famoso dos peixes-palhaço: Nemo.
Além disso, o espaço disponibiliza às crianças “brinquedos e jogos educativos” e “mini-televisões” individuais instaladas em cada cadeira para que todos possam sentir-mais confortáveis e beneficiar de uma distração adicional.
“Com a possibilidade de brincar e de ver desenhos animados, o tempo passa mais rápido, além de amenizar os impactos negativos do tratamento e favorecer a recuperação”, destaca Ana Xavier Neves, médica do Hospital Estadual de Bauru, que, todos os meses, recebe cerca de 50 crianças para tratamento oncológico.
De acordo com a pediatra, “é essencial que, na sessão de terapia, a criança tenha espaço para brincar, para se distrair e também ter uma intervenção multidisciplinar que beneficie o seu tratamento, como a abordagem de uma psicóloga”.
Este espaço ajuda, portanto, a humanizar o tratamento, introduzindo na rotina “leitura, estudo, jogos e brincadeiras” e uma oportunidade de entretenimento que contribui, acredita Ana Xavier Neves, para que as crianças apresentem resultados “mais rapidamente”.