A tecnologia norte-americana do CRT-D permite o tratamento da insuficiência cardíaca através da terapia de ressincronização e ajuda a evitar eventuais paragens cardiorrespiratórias ou episódios de morte súbita, graças à sua capacidade de desfibrilhação, isto é, administração de choques.
A operação que decorreu na passada quinta-feira, dia 2, faz do hospital de Évora um dos pioneiros na aplicação desta tecnologia de ressincronização cardíaca. O dispositivo CRT-D pretende melhorar a terapia utilizada no tratamento de doentes com insuficiência cardíaca, “uma das principais causas de internamento hospitalar”.
Em comunicado ao Boas Notícias, o grupo hospitalar explica que, após “disponibilizar aos seus doentes um pacemaker com desfibrilhador, tecnologicamente avançado”, é agora possível garantir “uma melhor resposta à terapia da Insuficiência Cardíaca Congestiva Grave”.
Para além de ser coordenado conforme a atividade cardíaca de cada paciente, o pacemaker CRT-D permite controlar de perto a doença, garante uma maior resistência em relação aos modelos já existentes no mercado e uma maior comodidade para o paciente, graças ao seu design anatómico.
“Este é mais um importante passo para a Unidade de Pacing do Hospital de Évora e reforça a aposta na disponibilização de tecnologias inovadoras na área do pacing cardíaco”, explica o médico cardiologista Pedro Dionísio.
O especialista garante que “o hospital disponibiliza agora aos seus doentes uma técnica essencial no tratamento da insuficiência cardíaca”. A doença afeta todos os anos mais de 600 mil pessoas em toda a Europa e está associada a sintomas como a falta de ar, cansaço inexplicado e edemas dos membros inferiores.