São dez os socalcos que estão a ser divididos em talhões de diversos tamanhos, numa propriedade com cerca de 7500 metros quadrados, onde estão as instalações da APPACDM.
“O projeto tem duas vertentes, uma que vai reabilitar a estufa que tinha sido destruída por uma intempérie e um telheiro de vidro para os nossos jovens envasarem flores, e outra que visa abrir a instituição à comunidade e rentabilizar os socalcos”, disse à Lusa, a socióloga que dirige o Gabinete de Projetos da APPACDM de Santarém, Filipa Camacho.
A recuperação da estufa vai permitir que a instituição, que serve 90 000 refeições por mês, aumente a produção própria de hortícolas, salientou Luís Amaral, presidente da APPACDM de Santarém.
“Uma Quinta para Todos” pretende envolver toda a comunidade, sobretudo a população desempregada e os reformados daquela região.
Segundo a instituição, na zona do Vale de Santarém existe uma “população envelhecida e desocupada”, com o fenómeno do desemprego (com uma taxa acima da média nacional) a afetar uma faixa dos 45 aos 54 anos.
“É uma mais-valia em termos económicos e de ocupação de tempo”, disse Ângela Alberto, a engenheira agrónoma que acompanha os trabalhos agrícolas na quinta.
As hortas que estão a ser desenvolvidas nos socalcos da quinta vão desde os 50 aos 500 metros quadrados, com preços “simbólicos”, que vão dos 5 aos 20 euros.
Os participantes desta iniciativa vão retirar da terra os alimentos para poderem consumir. Por outro lado, vão também ter acesso a formação, à água para rega e a locais de apoio e guarda de material.