A iniciativa “República Paredes” realiza-se pela segunda vez, dsta feita com a participação dos músicos Ricardo Dias, Pedro Lopes e Bruno Costa, nas guitarradas coimbrãs, Paulo Figueiredo, Quiné, Paulo Salgado e Luís Oliveira, no jazz, e os Belle Chase Hotel, no rock.
“Das guitarradas ao rock passando pelo jazz, com artistas que já trabalharam o repertório de Carlos Paredes sem o melindrar, os músicos conferirão através das suas novas abordagens um toque único e atual ao reportório original do grande Carlos Paredes”, referiu à agência Lusa Lourenço Leitão, da Metaformações, entidade responsável pela organização do evento.
O espetáculo será gravado “não para fins comerciais mas para memória futura e para um dia poder ser visionado num espaço dedicado a Paredes e à música de Coimbra”, revelou o mesmo responsável.
“É importante reavivar a memória do extraordinário Carlos Paredes, e renovar o seu repertório através de um trabalho inovador, despertando o interesse pela guitarra de Coimbra que é diferente da de Lisboa na conceção e afinação”, frisa Lourenço Leitão.
Bisneto, neto e filho de guitarristas de Coimbra, Paredes manteve-se fiel à tradição familiar e continuou o estilo coimbrão, tocando a guitarra de Coimbra. Tendo maioritariamente vivido em Lisboa, a cidade inspirou muitas das suas composições, entre as quais a célebre “Verdes anos”, do filme homónimo de Paulo Rocha.
Além do seu grande reconhecimento em Portugal, como um dos mais virtuosos solistas, o músico percorreu vários palcos europeus. Contudo, em meados da década de 90 deixou de tocar devido à doença que afetava o sistema nervoso central. Em 2004 viria a morrer, vítima dessa mesma doença prolongada.
A primeira edição de “República Paredes” realizou-se a 5 de outubro de 2007, no Estádio Cidade de Coimbra, com a apresentação da ex-deputada comunista Odete Santos.