O documento – um guia de 150 páginas para contratos ecologicamente conscientes – também proíbe a compra de garrafas de plástico, produtos de limpeza com cloro e talheres de plástico, entre outros.
Com esta medida, introduzida em Janeiro deste ano, a cidade espera reduzir a quantidade de resíduos sólidos lançados no meio ambiente.
Mas a probição das cápsulas de café, um produto altamente consumido nos tempos atuais, é o ponto do guia que tem chamado mais atenção dos meios de comunicação. O governo local insistiu nesta proibição uma vez que estas cápsulas são feitas à base de plástico e alumínio o que torna a sua reciclagem muito difícil.
Hamburgo quer ser exemplo
Todos os anos a cidade de Hamburgo investe, em média, 250 milhões de euros na compra de bens, produtos e serviços.
Com esta medida a cidade espera agora implementar novos critérios de aquisição de base ecológica, o que inclui custos relacionados com o tempo de vida útil de um produto, a sua facilidade de reparação e nível de reciclagem.
Para Jens Kerstan, senador do Meio Ambiente e Energia, a medida “dá um sinal importante às empresas e aos indivíduos, incentivando-os a ter mais cuidado com as consequências das suas decisões de compra e a prestar atenção à história de cada produto”.
Com um poder de compra de várias centenas de milhões de euros por ano, a cidade pode ajudar a garantir que os produtos prejudiciais ao ambiente sejam comprados menos frequentemente e que os produtos sustentáveis consigam uma maior aceitação no mercado. O nosso objetivo é aumentar de forma significativa a quota de produtos ecológicos”, acrescenta o responsável.
Entre os benefícios que a cidade espera obter destacam-se a poupança de energia, maior eficiência energética, a utilização de energias renováveis e redução das emissões de dióxido de carbono. “Os produtos verdes geralmente são mais duráveis, e frequentemente requerem menos energia durante as fases de produção e utilização”, acrescenta Kerstan.