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Há uma empresa onde 80% dos funcionários são autistas

Nos EUA, a taxa de desemprego dos adultos autistas ronda os 90%. Mas, como para toda a regra existe uma exceção, há uma empresa naquele país onde a quase totalidade dos funcionários tem autismo e que está a inspirar outros negócios.
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Nos EUA, a taxa de desemprego dos adultos autistas ronda os 90%. Mas, como para toda a regra existe uma exceção, há uma empresa naquele país onde a quase totalidade dos funcionários tem autismo e que está a inspirar outros negócios a investir no seu potencial pessoal e profissional.
 
A “Rising Tide”, empresa de lavagem de automóveis, nasceu pela mão de Tom D'Eri e de um dos seus filhos, John D'Eri, com o objetivo de dar ao mais novo dos descendentes, Andrew, um jovem de 22 anos com autismo, uma oportunidade de trabalhar e de construir uma vida de realizações.
 
O negócio inaugurou na Flórida em 2013 e, atualmente, emprega 35 homens autistas. Ao todo, cerca de 80% da equipa da “Rising Tide” é composta por trabalhadores englobados no espetro autista que são responsáveis pela lavagem dos carros e que abraçam com entusiasmo as suas funções diárias.
 
De acordo com uma entrevista exclusiva dada por Tom D'Eri à plataforma norte-americana NationSwell, a ideia para o tipo de empresa em que deveriam investir aconteceu, precisamente, enquanto lavavam o carro numa estação de serviço. 
 
Isto porque, esclarece o empresário, por se tratar de um processo detalhado e repetitivo, a lavagem dos automóveis é uma tarefa apreciada pelas pessoas com autismo. Ao mesmo tempo, por ser um serviço prestado através de contacto direto com a população, permite aos cidadãos – e a possíveis empregadores – “testemunhar o valor dos funcionários”. 
 
“É um serviço muito palpável. As pessoas deixam o carro para lavar e quando voltam percebem se está lavado ou não. Assim, vão ver que eles fizeram um bom trabalho – e que o autismo não impediu isso”, explica D'Eri. 
 
Embora admita que a empresa tem uma missão altruísta, a família D'Eri afirma que é importante pensar nos indivíduos com autismo como “fontes de recursos por explorar” e não como um grupo de pessoas com limitações.
 
O negócio tem sido um sucesso e, até 2016, a “Rising Tide” espera abrir três novas ramificações, contribuindo para aumentar a confiança e a inclusão social desta parcela da comunidade.
 

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