A empresa municipal Cascais Natura e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) estão a realizar obras para recuperação do sistema dunar da Cresmina, no Guincho, um projeto orçado em 3,6 milhões de euros.
A empresa municipal Cascais Natura e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) estão a realizar obras para recuperação do sistema dunar da Cresmina, no Guincho, um projeto orçado em 3,6 milhões de euros, avança a agência Lusa.“O sistema dunar há muito que estava a precisar de uma intervenção para contenção das areias, que já está a invadir a estrada e o parque de campismo”, afirmou esta semana o vice-presidente e também vereador do ambiente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, citado pela Lusa.
O autarca falava aos jornalistas à margem de uma visita ao local, no Guincho, onde está a decorrer a intervenção.
Quem passa na estrada que liga Cascais à Malveira da Serra, consegue observar, junto à praia da Cresmina, um conjunto de paliçadas enterradas na duna, em posição perpendicular à direção do vento dominante.
O objetivo, segundo o administrador da Cascais Natura, João Melo, é “propiciar a reposição de areias na duna, de forma a que, com o tempo, as paliçadas fiquem enterradas e a duna primária volte a ganhar forma”.
De acordo com o administrador, a intervenção em curso era “urgente”, uma vez que a duna estava a avançar cerca de dez metros por ano para sul, em direção à Quinta da Marinha.
A intervenção no sistema dunar deverá estar concluída no próximo verão e inclui ainda a criação de um núcleo de interpretação, que disponibilizará um quiosque multimédia e um miradouro virtual.
Além dos pequenos núcleos de interpretação ambiental previstos em seis locais de Cascais e Sintra, será ainda criado um Centro de Interpretação da Natureza, sediado na Quinta do Pisão de Baixo, constituído por uma exposição interativa, espaços multimédia, percursos pedonais e observatórios de fauna.
Todo o projeto de intervenção implicará um investimento de 3,6 milhões de euros, sendo que metade é financiada pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), outros 22,5 por cento são financiados pelo Instituto de Turismo de Portugal e o restante pela Câmara de Cascais.