© Desmond Boylan/Reuters]
O Governo de Cuba acordou em libertar 52 prisioneiros políticos nos próximos meses. Uma decisão que irá ajudar a acalmar as críticas ao regime de Castro e salvar a vida de Fariñas que já fez saber que só dará como acabada a greve de fome que se encontra desde fevereiro quando forem libertados mais dissidentes do regime.
De acordo com a Igreja Católica local cinco prisioneiros serão libertados nas próximas horas e 47 nos próximos quatro meses. A libertação destes 53 opositores, de um grupo de 75 detidos em 2003, foi comunicada durante um encontro entre o presidente Raúl Castro, o cardeal Jaime Ortega e o chanceler espanhol Miguel Angel Moratinos, conforme anuncia o texto do Arcebispado de Havana consultado pela AFP.
O mesmo comunicado avança que os 47 prisioneiros poderão deixar o país, se preferirem, depois dos trâmites de libertação.
De acordo com a AFP, a imprensa espanhola menciona que França e Espanha receberiam os presos políticos, enquanto o Chile já se declarou oficialmente disposto a fazê-lo.
Por causa da detenção das 75 pessoas em 2003, a União Europeia impôs sanções a Cuba, levantadas temporariamente em 2005 e definitivamente em 2008 por iniciativa da Espanha que, nos últimos anos, tentou aproximar Havana e Bruxelas.
Esta decisão vem no seguimento da libertação de um dissidente doente em maio que foi libertado bem como de 12 prisioneiros transportados para prisões mais perto das suas famílias.
A libertação dos políticos, em especial 25 enfermos, era a condição imposta pelo dissidente Guillermo Fariñas para acabar com a greve de fome que se prolonga já há 134 dias.
Fariñas está internado no hospital da cidade de Santa Clara onde corre risco de vida devido a um coágulo na jugular.