A soprano Lourdes Martins vai estar em destaque no Festival de Música do Monte, em Goa, na Índia. Aquela que é a 12ª edição do evento tem início esta sexta-feira, prolongando-se até domingo, na Capela da Nossa Senhora do Monte.
A soprano Lourdes Martins vai estar em destaque no Festival de Música do Monte, em Goa, na Índia. Aquela que é a 12ª edição do evento tem início esta sexta-feira, prolongando-se até domingo, na Capela da Nossa Senhora do Monte.
“Nascida em Itália, com formação brasileira e antepassados goeses”, a portuguesa faz parte do coro do teatro da ópera de Turim e tem vindo a colaborar com o La Scala, de Milão. Agora, a artista vai estar em destaque no evento anual, indo atuar acompanhada por uma orquestra de câmara (Child's Play), conduzida pelo maestro argentino Santiago Lusardi Girelli.
“Estamos à espera que seja um momento alto”, afirma o delegado da Fundação Oriente, Eduardo Kol de Carvalho, à Lusa. “Estão reunidas todas as condições para um bom espetáculo”.
De maneira a “tirar partido” do pôr-do-sol, o Festival de Música do Monte arranca às seis da tarde locais, no exterior da capela, erguida num “lugar paradisíaco, com uma vista soberba sobre a antiga cidade de Goa, onde ainda se podem ver os vestígios da presença portuguesa arquitetónica de então”.
“Além de ser uma manifestação cultural a que os goeses e estrangeiros já se habituaram, o festival foi criado no sentido e com o objetivo de preservar minimamente em boas condições a capela”, afirma o responsável, segundo o qual o evento “obriga as autoridades a voltar a pintar e a limpar toda a área e a restabelecer um pouco aquilo que eram as condições primitivas após a recuperação do edifício”.
Durante três dias, o festival oferece essencialmente música e dança oriunda da Europa e da Índia. “Devia ser também de outras partes da Ásia, mas até hoje não conseguimos cumprir esse objetivo para que seja um encontro entre a música do oriente e do ocidente”, reconheceu.
Para já, o público resulta de “um pouco de tudo”, havendo muitos estrangeiros – que não são turistas ocasionais mas antes pessoas que residem em Goa por uma determinada temporada -, também indianos e, claro, os goeses, a maioria católicos, face à “grande tradição de música erudita”.