A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia vai ceder, a título gratuito e com todas as despesas de manutenção incluídas, três habitações à UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta para alojar, de forma transitória, vítimas de violência doméstica.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia vai ceder, a título gratuito e com todas as despesas de manutenção incluídas, três habitações à UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta para que esta entidade possa alojar, de forma transitória, vítimas de violência doméstica.
O protocolo para cedência destas habitações, por intermédio da Gaiurb, empresa municipal que gere as áreas de Urbanismo e Habitação, foi assinado no passado dia 7 de Março e tem como objetivo “dar resposta à necessidade de proteção e acolhimento das mulheres que sofrem de um dos maiores flagelos da nossa sociedade no que respeita à violação dos direitos humanos – a violência doméstica”.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a autarquia de Gaia explica que as habitações “não pretendem ser casas-abrigo, mas sim casas de transição, sendo o espaço ideal para a última fase do processo, antes de a vítima retomar a sua dinâmica de vida em sociedade”.
No entender do município, “o acesso à habitação protegida é parte integrante de um 'projeto de vida' baseado numa intervenção técnica, devidamente delineado e executado e composto por várias áreas de abrangência, sendo esta determinante no sucesso deste processo”.
“Este momento reflete a vontade de cumprir a palavra e de materializar um compromisso, ainda que seja apenas o ponto de partida para um projeto mais abrangente que pretendemos implementar no concelho”, afirma Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia.
Para o autarca, “Vila Nova de Gaia precisa de diferentes respostas para problemas multidimensionais”, razão pela qual o executivo pretende criar, “numa fase posterior e com a ajuda do Quadro Comunitário de Apoio”, uma “rede de apartamentos de transição, bem como uma casa-abrigo para dar suporte às vítimas de violência doméstica”.
A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, que terá a seu cargo o realojamento destas mulheres, tem vindo a promover a criação de políticas de combate à violência doméstica – numa lógica de proximidade – envolvendo, cada vez mais, os municípios, os parceiros sociais e as organizações da sociedade civil.
Atualmente, todas as vítimas de violência doméstica de Vila Nova de Gaia – após a primeira sinalização feita por entidades da região – são encaminhadas para a UMAR, para que tenham à disposição o melhor e mais especializado atendimento relacionado com esta problemática.
Para a presidente da associação, Maria José Magalhães, “este protocolo, pioneiro no país, revela a sensibilidade e a abertura do executivo da Câmara Municipal de Gaia e surge como uma resposta humana, económica e socialmente adequada, que irá permitir a autonomia funcional destas mulheres”.