Cerca de 1.500 pessoas em todo o país deixaram de ter despesa com produtos hortícolas, assegurando as suas necessidades alimentares numa rede de “hortas sociais” promovida pela EDP, anunciou ontem a empresa. Entre os beneficiados encontram-se dezenas de famílias e instituições de solidariedade portuguesas.
O projeto, inserido na iniciativa EDP Solidária Barragens, garantiu, em menos de um ano, a autossuficiência em hortícolas a “oito instituições e 60 famílias em sete distritos, que representam 1.500 beneficiários diretos”, adiantou a empresa.
“Isso significa tanto como dar subsídio ou apoio”, afirmou à Lusa Sérgio Figueiredo, da Fundação EDP, responsável pelos projetos sociais financiados pela elétrica nacional, nomeadamente em zonas onde está a realizar investimentos em barragens.
As “hortas solidárias” começaram a ser distribuídas em 2011, através de parcerias com entidades locais, nomeadamente para a disponibilização das terras, e envolveu, na fase inicial, 10 instituições responsáveis pela gestão de 13 hortas.
Projeto poderá ser alargado até mais 30 hortas
O projeto acaba de ser estendido a mais três instituições e, ainda durante este ano, a EDP estima que a rede seja alargada até 30 hortas.
Sérgio Figueiredo explica que o projeto pretende “permitir alguma sustentabilidade financeira, poupando e cortando nos gastos, e transformar pessoas que estão em risco de exclusão em pessoas produtivas à sociedade”. Como resultado, os “cultivadores” destas hortas deixaram de ter despesa na compra de alimentos verdes.
Algumas das instituições aderentes prestam apoio a pessoas com necessidades especiais específicas, enquanto outras estão ligadas ao setor agrícola e produzem para distribuir pela rede social local. Os utentes e beneficiários participam também no cultivo destes espaços.
As hortas distribuem-se por Braga, Mirandela, Valadares, Vila Velha de Ródão, Matosinhos, Coimbra, Faro, Loulé, São Brás de Alportel, Lisboa, Santarém, Sintra, Aveiro e Ericeira.
A EDP dá apoio logístico e financeiro que, nos projetos lançados em 2011, rondou valores entre os mil e os 27 mil euros.
A empresa recebeu já propostas para novas hortas que estão a ser analisadas e prevê que “ainda no primeiro semestre serão conhecidos os resultados”.
[Notícia sugerida por Sofia Baptista, Diana Rodrigues e Elsa Martins]