A Cooperativa de Gestão dos Direitos dos Artistas, Intérpretes ou Executantes (GDA) propôs o nome destas quatro personalidades. Em declarações à Lusa, o presidente da GDA, Pedro Wallenstein, explicou a distinção se deve à simbologia dos artistas “na defesa de determinados ideais, nomeadamente dos direitos dos artistas”.
O Fórum da FILAIE reuniu em Cascais cerca de 70 congressistas de 16 países da Europa e da América do Sul e Central. A FILAE representa o repertório de 300 mil artistas, entre eles, atores, cantores, músicos, bailarinos e executantes.
A canção, os direitos jurídicos e o Fado
Simone de Oliveira “é uma figura histórica da canção portuguesa”, sublinhou o presidente da GDA dando relevância ao papel da intérprete de “Desfolhada Portuguesa” que considerou “muito importante, na cultura portuguesa, numa determinada época”.
Luiz Francisco Rebello, advogado, teatrólogo e ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, foi outro dos distinguidos. “Tardava uma homenagem pelo trabalho jurídico que fez na revisão e consolidação do Código do Direito de Autor e principalmente o trabalho extraordinário que teve na década de 1980 para integrar os direitos conexos [direitos dos artistas, dos produtores e dos organismos de radiodifusão] no antigo Código de Direito de Autor, tendo até sido deputado substituto durante três meses para trabalhar na Assembleia da República”, explicou Wallenstein.
No que diz respeito a Fernando Alvim, Pedro Wallestein realça que o papel essencial que o artista teve nos últimos 50 anos do fado, “foi o grande companheiro de Carlos Paredes durante 25 anos”.
O musicólogo Rui Vieira Nery, presidente da comité científico da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, é outro dos distinguidos pelo seu trabalho “não só na candidatura mas de uma forma geral no estudo das tradições populares”.