A revista Forbes dedica, esta sexta-feira, um artigo especial à empresa portuguesa Critical Software. No texto, o jornalista Peter Cohan elogia a excelência e capacidade de expansão da empresa de software, apontando-a como um exemplo de crescimento económico que o governo português deve promover para sair da crise.
Peter Cohan começa por avisar que quem “tem andado a seguir as notícias sobre ”a crise financeira portuguesa “poderá pensar que Portugal não tem o que precisa para crescer”. Mas “isso pode estar errado”, continua o jornalista, apontando o exemplo da “Critical Software (CS), uma empresa de software para empresas com sede em Coimbra, Portugal, que planeia crescer e aumentar a contratação em 40% no próximo ano”.
No artigo, a Forbes esclarece que a CS trabalha com empresas e com o próprio governo, ajudando os seus clientes a ultrapassar um dos obstáculos mais difíceis: o momento em que a sua tecnologia não se consegue adaptar, na velocidade necessária, às mudanças no seu negócio.
Um dos trabalhos que a Forbes destaca é o desenvolvimento do sistema nacional de emergência (112) cujas vantagens técnicas e operacionais já mereceram prémios como os European IT Excellence Awards, em 2011. Cohan destaca também a parceria da CS com a SAUTER que permitiu o desenvolvimento de um software capaz de reduzir o consumo de energia e as emissões poluentes dos edifícios.
Num outro parágrafo, o jornalista traça a história da CS, fundada em 1998 por três investigadores da Universidade de Coimbra, e resume as duas principais áreas de atuação da empresa através da ASD – aeronautica, defesa e transportes – e da Enterprise Critical Solutions (ECS) – finanças, energia e saúde.
Peter Cohan sublinha ainda os “ambiciosos objetivos” da empresa que, em 2014, pretende gerar receitas de vendas superiores a 175 milhões de euros e um lucro ilíquido de 35 milhões.
Segundo disse Gonçalo Quadros, um dos resposáveis da CS, à Forbes, a empresa quer ainda aumentar o número de funcionários de 250 para 350 e estabelecer novas sucursais internacionais, para além das que já abriu nos EUA, Reino Unido, Brasil e Angola e Moçambique.
A Forbes considera que um dos segredos do crescimento da CS é a aposta em investigação e desenvolvimento. Por isso, apesar da sede ser em Coimbra, a empresa abriu vários centros juntos das principais faculdades do país: Lisboa, Coimbra e Porto.
A Forbes salienta também a excelência dos serviços da empresa que já conquistou o mais alto nível de maturidade em termos de desenvolvimento de software: o nível 5 do Capability Maturity Model. A CS é a única empresa em Portugal com este nível e uma das poucas (cerca de 12) em toda a Europa.
Na conclusão, Peter Cohan avisa que um “dos desafios mais criticos de Portugal será criar mais companhias com a capacidade de expansão da CS”.
[Notícia sugerida por Bruno Melo]