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O Festival Músicas do Mundo regressa à cidade de Sines em julho, com espetáculos nos dois últimos fins de semana do mês (22 a 24 e 27 a 30). São 35 espetáculos de 23 países que vão animar os palcos do Castelo medieval e da Praia Vasco da Gama.Ao longo de sete dias de música, Sines transporta o seu público numa viagem pelos sons do planeta. Das harmonias primordiais da Rússia asiática à música urbana da África do Sul, da rebetika grega ao maloya da Ilha de Reunião, do gnawa marroquino ao flamenco extremenho, o FMM 2011 mostra o mundo musical em toda a sua diversidade.
Num programa que a organização considera, em comunicado, “um dos mais fortes e equilibrados de sempre”, são destaques a presença em Sines do projeto Congotronics vs. Rockers, com 10 músicos da série Congotronics e 10 músicos da cena rock alternativa, no dia 23 de Julho, e o concerto de encerramento do Castelo, no dia 30 de Julho, com a dupla lendária do reggae, Sly & Robbie, acompanhada pelo cantor Junior Reid.
O senegalês Cheikh Lô, um dos maiores músicos africanos da atualidade, o ganês Ebo Taylor, figura patriarcal do highlife e do afrobeat, o projeto Desert Slide, com Vishwa Mohan Bhatt, um dos mais reconhecidos músicos da Índia, e os alemães Dissidenten, banda fundamental para a fundação do movimento “worldbeat”, são outros nomes que merecem menção especial.
Em contraponto, volta a abrir-se espaço aos artistas emergentes, como os palestinos Le Trio Joubran, o chinês Mamer, o ganês Blitz the Ambassador ou os suíços Mama Rosin, mostrando a capacidade de renovação das músicas de raiz tradicional e dando espaço a alguns dos artistas mais promissores das músicas do mundo.
A edição de 2011 aposta também no reforço da programação de música portuguesa, sendo de assinalar a estreia de dois expoentes da música com raízes no Alentejo, António Chainho e António Zambujo, no Castelo de Sines. O palco da praia terá este ano uma vocação redobrada de descoberta, sendo privilegiada a música portuguesa, nova e a merecer público mais alargado.
As músicas da África lusófona, do Brasil, da Galiza e da Extremadura espanhola, próximas mas universais, são representadas por alguns dos artistas mais bem-sucedidos do último ano, casos do cabo-verdiano Mário Lúcio e da galega Mercedes Peón, cujos novos discos ocuparam durante semanas lugares cimeiros nos “charts” europeus de músicas do mundo em 2010 e 2011.
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