Três filmes portugueses foram selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roma. O evento vai contar com dois documentários e uma longa-metragem com assinatura lusitana.
Três filmes portugueses foram selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roma. O evento vai contar com dois documentários com assinatura lusitana, da autoria de Gonçalo Tocha e de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, bem como com a longa-metragem portuguesa de ficção “A vida invisível”, de Vítor Gonçalves.
A 8ª edição do festival vai decorrer já de 8 a 17 de Novembro e o programa foi, esta terça-feira, divulgado pela organização, que dispõe de um orçamento de sete milhões de euros e que, durante o certame, vai assinalar os 20 anos da morte do realizador italiano Federico Fellini.
A longa-metragem “A vida invisível”, de Vítor Gonçalves, nascido nos Açores em 1951 e professor na Escola Superior de Teatro e Cinema desde 1982, vai participar na competição internacional, secção para a qual foram selecionadas 18 produções internacionais.
Produzido pela Rosa Filmes, o filme tem como protagonista os atores Filipe Duarte, Maria João Pinho, João Perry, Pedro Lamares e Susana Arrais, assinalando o regresso do realizador às longas-metragens depois de “Uma rapariga no verão” (1986).
Em competição na categoria “Cinema XXI”, dedicada às “novas tendências cinematográficas”, estarão, por sua vez, dois documentários portugueses: “O novo testamento de Jesus Cristo segundo João”, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, e “A mãe e o mar”, de Gonçalo Tocha.
O primeiro filme regista a leitura de um texto bíblico – O Evangelho segundo São João – pelo ator Luís Miguel Cintra, durante uma tarde, até ao pôr do sol, e marca o regresso de Joaquim Pinto e Nuno Leonel a um festival internacional depois de terem sido premiados no festival de Locarno, na Suíça, e no festival de Valdivia, no Chile, com “E agora? Lembra-me”.
“A mãe e o mar”, de Gonçalo Tocha, revela uma tradição quase extinta de mulheres pescadoras e mestres de barcos em Vila Chã, localidade a norte de Vila do Conde.
Trata-se de um “mergulho das 20.000 léguas submarinas, uma apneia muito profunda, um filme um bocado dura”.”Não há música, aquilo é um mergulho puro e duro e é para quem consegue respirar”, descreveu o realizador à Lusa em Julho, quando o filme se estreou em Vila do Conde.
O plano de Gonçalo Tocha, também autor do documentário “É na terra, não é na lua”, sobre a ilha açoriana do Corvo, era, inicialmente, rodar uma curta-metragem encomendada pelo projeto Estaleiro, de Vila do Conde, mas a abundância de material acabou por culminar numa “longa”.
O programa completo da secção “Cinema XXI” só será revelado no dia 23 e os filmes selecionados serão exibidos no MAXXI – Museu de Arte do século XXI, em Roma. O júri da competição internacional, com filmes concorrentes ao prémio Marco Aurélio de ouro, será presidido pelo realizador norte-americano James Gray.
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