Mário Correia, director do FIS, disse à Lusa que, por muitos que sejam os prémios e distinções acumuladas ao longo de todos estes anos, o que mais o satisfaz e motiva é a adesão e a fidelização de públicos que todos os anos acorrem ao festival.
Há já doze anos que este festival traz aos palcos músicas folk e tradicionais, e, segundo a organização, é já uma “referência obrigatória” no panorama musical europeu.
Este verão o certame terá lugar nos dias 5 e 6 de agosto, com produção e organização da responsabilidade do Centro de Música Tradicional Sons da Terra.
“A edição deste ano do FIS decorre sob o signo das línguas minoritárias, o que não acontece, de modo algum, por acaso, já que o evento decorre em pleno coração da Terra de Miranda, baluarte da língua mirandesa, onde vão ouvir-se cantos em asturiano (Corquieu), em basco (Xabi Aburruzaga), em bretão (Gwennyn) e em gaélico (Altan), estando o mirandês nas mãos de gente da terra (Célio Pires e Lenga-Lenga: Gaiteiros de Sendim)”, acrescentou Mário Correia.
Para além da música, o festival apresenta ainda um programa de atividades paralelas, tais como as rotas de descoberta da paisagem das arribas do Douro, os encontros informais de músicos e instrumentistas nas praças e esplanadas e a divulgação dos produtos locais.
“Damos ainda continuidade ao convívio entre os mais jovens gaiteiros das Terras de Miranda, através da realização do Gaiteiricos e do seu desfile pelas ruas de Sendim, e realizamos uma oficina de danças mirandesas, sem faltar a tradicional, e outrora muito apreciada, dança da bicha”, sublinhou o responsável.
“Para os mais distraídos ou para aqueles que ainda pensam que no verão os festivais são todos consagrados ao pop/rock e seus derivados, vamos cumprir uma dúzia de anos que em Sendim, em pleno coração das Terras de Miranda, no Nordeste Transmontano, acontece um festival de música folk e tradicional, o FIS”, concluiu Mário, citado pela Lusa.
[Esta notícia foi sugerido por Vítor Fernandes]