Uma empresa australiana acaba de apresentar os dois primeiros fatos do mundo capazes de proteger mergulhadores e surfistas de ataques de tubarões. A inovação consegue tornar os humanos "invisíveis" aos olhos dos predadores marinhos.
Uma empresa australiana acaba de apresentar os dois primeiros fatos do mundo capazes de proteger mergulhadores e surfistas de ataques de tubarões. A inovação consegue tornar os humanos “invisíveis” aos olhos dos predadores marinhos, fazendo com que os confundam com o fundo do mar e com as armadilhas que ali encontram.
Os dois fatos, um para surfistas e outro para mergulhadores, foram desenvolvidos pelos empresários Hamish Jolly e Craig Anderson, em parceria com o Oceans Institute da University of Western Australia.
“[Para criar estes fatos] interpretámos uma ciência inovadora relacionada com os sistemas de visão dos tubarões e conseguimos convertê-la em materiais que criam alguma confusão aos olhos destes animais”, explica Anderson em declarações à AFP.
Um dos fatos, o “Elude”, em tons de azul e branco, foi especialmente desenhado para mergulhadores, confundindo as suas perceções de luz e cor para “esconder os indivíduos na água”.
Já o “Diverter”, com riscas pretas e brancas, destinado principalmente a surfistas, baseia-se numa imagem percecionada pelos tubarões como um sinal de perigo da Natureza por recorrer a um padrão que os repele e que, segundo os cientistas, lhes diz algo como 'Não me comas'.
A criação destes fatos é o culminar de um projeto de dois anos financiado pelo governo da Austrália em consequência de um aumento sem precedentes dos ataques de tubarões na região ocidental do país.
A Shark Attack Mitigation Systems (SAMS), empresa de Anderson e Jolly, já licenciou a tecnologia e já está a aceitar pré-encomendas online dos primeiros fatos, cujo preço ronda os 300 euros.
De acordo com Craig Anderson, a procura, um pouco por todo o mundo, de uma solução deste tipo para repelir os tubarões tem aumentado “substancialmente” e, em breve, a empresa planeia revelar uma parceria com uma marca global de fatos de natação.
“Toda a gente procura uma solução, todos estão nervosos com a ideia de ir para o mar um pouco por todo o mundo neste momento, não apenas na Austrália”, salienta o cocriador destes fatos. “Esta é uma solução segura, natural e não prejudica os animais de nenhuma maneira”, conclui.
Notícia sugerida por David Ferreira e Maria da Luz