O pastel de (bacalhau com) nata, idealizado por um jovem casal de cozinheiros, em Famalicão, já se encontra além fronteiras, sendo, neste momento, exportado para quatro países, dentro e fora da Europa.
O pastel de (bacalhau com) nata, idealizado por um jovem casal de cozinheiros, em Famalicão, já se encontra além fronteiras, sendo, neste momento, exportado para quatro países, dentro e fora da Europa.
A inovadora iguaria nasceu, há cerca de oito anos, quando Renato e Dalila Cunha decidiram transformar um antigo estábulo em Portela, Famalicão, num restaurante de cozinha portuguesa de autor a que chamaram de 'Ferrugem'.
O mesmo já é marca registada, sendo servido numa pequena caixa de pasteleiro dobrada à mão. O formato é o mesmo de um pastel de nata, com a estrutura igualmente em massa folhada mas o recheio de um cremoso bacalhau com nata.
Entretanto, aquela que é uma das “entradas” mais originais do restaurante, começou a ser fabricada de forma industrial por uma empresa de bacalhau. Este ano, já com o mercado nacional totalmente conquistado, arrancou para a exportação.
Hoje, o mesmo “já é vendido no Brasil e no Luxemburgo, bem como nas cidades de Londres e Paris. Também já temos contactos na Alemanha, Bélgica e Suíça”, conta Renato Cunha a Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, que esteve, em visita, naquele restaurante.
Tanto o restaurante 'Ferrugem' como os seus donos foram apontados pelo autarca como exemplos de inovação, arrojo e empreendedorismo. Antes, Renato, de 38 anos, estava ligado à formação profissional na área da informática, enquanto que Dalila, a mulher de 40 anos, era administrativa nas áreas das telecomunicações e do têxtil.
Unidos pela paixão que nutriam pela cozinha, decidiram abandonar o trabalho que tinham e abrir o seu próprio restaurante, dedicado à cozinha portuguesa de autor.
“Cada prato tem uma linguagem diferente, há aqui todo um trabalho de fundo na roupagem”, afirma o empresário, que garante que, atualmente, o 'Ferrugem' é já considerado “um dos 10 melhores restaurantes portugueses”.
Em 2012, a subida do IVA de 13 para 23% abalou fortemente o negócio, chegando a ser ponderado o encerramento do restaurante. Este ano, no entanto, “há já uma retoma”, com um crescimento que se situará entre os 35 e os 40%.
Com cinco pessoas empregadas, o restaurante vai, este ano, faturar mais de 200.000 euros.
Notícia sugerida por António Resende