João Nobre da Costa, diretor ibérico para o Ambiente e Sustentabilidade, adiantou à Agência Lusa que “este é um projeto inovador nunca implementado em nenhuma fábrica do grupo”. As águas industriais do processo de fabrico vão ser canalizadas para a produção de biogás que, por sua vez, será introduzido nos queimadores do processo produtivo.
O investimento de um milhão de euros acabará por ter retorno. De acordo com João Nobre da Costa, no final do primeiro semestre, o procedimento terá reduzido 5% do consumo de gás natural e 50% do consumo de energia elétrica no tratamento aeróbico de águas residuais.
Além destas vantagens, o uso de biogás como fonte de energia pode garantir um tratamento mais eficaz das lamas, o que torna este projeto da fábrica do Carregado num caso de estudo europeu de eficiência energética.
Para que a transformação das águas residuais seja eficaz, é necessário, antes do tratamento aeróbico, um outro anaeróbico que agiliza o funcionamento do primeiro, permitindo uma poupança acrescida (75% no tratamento das lamas).
João Pontes, diretor de operações industriais para Portugal e Espanha, esclarece que depois da produção de biogás, as águas retomam o percurso habitual na ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais).
O projeto, ainda em fase de arranque, será, mais tarde, avaliado para ser exportado para outras fábricas do grupo em prol da sustentabilidade ambiental e, consequentemente, da rentabilidade do negócio.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]