por redação
Investigadores do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET) desenvolveram uma nova tecnologia de extração limpa e sustentável – tecnologia de extração com solventes não tóxicos pressurizados –, capaz de isolar com sucesso diversos extratos naturais.
Desperdícios de cereja, cascas de citrinos, alfazema, rosmaninho, hortelã e poejo, agrião, brócolos e rúcula são os extratos naturais já testados, in vitro, e que apresentam concentrações elevadas dos compostos bioativos.
Por exemplo, o refugo de cereja, hoje desaproveitado, tem extratos ricos em álcool perílico, um monoterpeno com reconhecida atividade anti-cancerígena.
“Este é mais um passo para a futura disponibilidade de nutracêuticos e princípios ativos naturais, reconhecidos pelos pares, pela regulamentação e pela indústria, e recomendados pelos clínicos como agentes que retardem o aparecimento da doença ou como coadjuvantes de métodos terapêuticos agressivos, permitindo a diminuição das doses terapêuticas ou a atenuação de efeitos secundários”, refere Teresa Serra, investigadora líder do projeto, num comunicado enviado ao Boas Notícias.
Além da importância clínica e humana, prevê-se que “o trabalho que estamos a desenvolver tenha um impacto económico relevante junto da indústria agro-alimentar uma vez que envolve a valorização de desperdícios e excedentes provenientes das suas fábricas e produções”, acrescenta Ana Matias, responsável do “Grupo de Nutracêuticos e Libertação Controlada” do iBET, instituto que tem vindo a marcar uma forte posição nacional e internacional nesta área de investigação.