As exportações para Moçambique mais do que triplicaram entre 2008 e 2012 atingindo, no ano transato, os 288 milhões de euros. Destes, 31 milhões correspondem ao setor agro-alimentar, revelam os números mais recentes do INE.
As exportações para Moçambique mais do que triplicaram entre 2008 e 2012 atingindo, no ano transato, os 288 milhões de euros. Destes, 31 milhões correspondem ao setor agro-alimentar, revelam os números mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados do INE, as exportações para aquele país cresceram quase 33% em 2012 (de 217 para 282 milhões de euros), contrastando com a quebra de 61% nas importações, que passaram dos 42 milhões de euros registados em 2011 para os 16 milhões de euros no ano passado.
Em 2012, Moçambique, que, já na próxima sexta-feira, receberá uma visita da ministra da agricultura Assunção Cristas, afirmou-se, portanto, como o 22º maior cliente de Portugal, subindo quatro posições face ao ano anterior e levando consigo empresários de várias áreas com o objetivo de promover contactos locais.
Os produtos mais exportados para Moçambique são máquinas e aparelhos, metais comuns, material de transporte e também bens alimentares, sendo o setor das bebidas o que mais se destaca, com os bens expedidos a valerem nove milhões de euros.
Segundo uma nota enviada à Lusa pelo Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT), os preparados de carne e peixe (cinco milhões), as gorduras e óleos alimentares (3,4 milhões), os preparados de leite e cereais (2,7 milhões) e os produtos hortícolas e frutas (2,4 milhões) ocupam as posições seguintes.
A mesma nota destaca igualmente alguns dos principais investimentos portugueses efetuados em Moçambique, nomeadamente a fábrica da Sumol+Compal, um projeto erguido em parceria com a empresa Tropigália (de capitais portugueses), que começou a produzir a marca GUD em Dezembro e deve começar em breve a fabricar a marca Compal.
Também a Portucel celebrou já com as autoridades moçambicanas um projeto para a instalação de uma fábrica de pasta de papel associado a uma área de plantação com 350 mil hectares (em Manica e na Zambézia), estimado em dois mil milhões de dólares.
Destaque ainda para um outro projeto, da Lusiaves, destinado à produção de frangos, que deverá contar com financiamento da SOFID, sociedade financeira de crédito com maioria de capital estatal que apoia investimentos de empresas portuguesas em países emergentes e em vias de desenvolvimento.