Jorge José Letria, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), encabeça uma delegação que pretende criar um gabinete de apoio à exportação da música portuguesa, que crie “condições para que a música portuguesa nas suas diversas formas de expressão, e que reconhecidamente tem uma crescente receptividade por parte dos mercados internacionais, possa afirmar-se como um produto e marca de exportação credível da nossa cultura e da nossa economia”, declarou à agência Lusa.
Pedro Wallenstein, da cooperativa Gestão dos Direitos dos Artistas (GDA), e o maestro Pedro Osório são também membros da mesma delegação, atualmente em contactos com os ministérios da Cultura, dos Negócios Estrangeiros e da Economia para tornar o projeto operacional.
As organização da forma como é exportada a música portuguesa e como são geridos os direitos conexos pela sua actualização serão algumas das funções do gabinete, perante o qual Aníbal Cavaco Silva manifestou “o seu apoio e simpatia”.
O presidente da SPA não sabe quantificar o peso que a exportação da música portuguesa poderia ter em termos de criação de riqueza, mas crê no seu potencial para criar empregos e receita fiscal, referindo ainda que, no âmbito da SPA, a música corresponde a mais de 70 por cento da faturação anual do organismo, com valores na ordem dos “milhões de euros”.
Jorge José Letria mostra-se convicto de que a implementação efetiva do gabinete poderá gerar “resultados visíveis a muito curto prazo”.
