O estudo analisou dados relativos a 1,44 milhões de pessoas com idades entre os 19 e os 98 anos, nos Estados Unidos e na Europa. Os participantes foram acompanhados, em média, por 11 anos, tendo sido registados 187 mil novos diagnósticos de cancro durante esse período.
No estudo, publicado no “Journal of the American Medical Association – Internal Medicine”, os investigadores do Instituto Nacional do Cancro (INC) dos Estados Unidos detetaram uma redução de risco de contração dos vários tipos de cancro na ordem de: -42% em cancro no esófago, -27% em cancro do fígado, -26% em cancro do pulmão, -23% rim, -22% estômago, -21% endométrio, -20% sangue, -16% cólon e -10% mama.
31% dos adultos não praticam desporto
As estimativas sugerem que 31% dos adultos em todo o mundo não praticam qualquer tipo de atividade física regular. Atividade física regular compreende atividades como caminhar, correr, nadar ou andar de bicicleta, a um ritmo entre o moderado e o vigoroso, durante pelo menos 150 minutos por semana.
Em relação a estudos feitos anteriormente, e apesar da relação entre a prática de atividade física e a redução do risco de alguns tipos de cancro – cólon, mama e endométrio (tecido que reveste o útero) – já ser especulada, os resultados conhecidos eram baseados em números pouco expressivos de participantes. O estudo vem assim comprovar essa relação, adicionando outros dez tipos de tumores.
Houve, no entanto, uma contrapartida observada. A atividade física foi relacionada com um aumento de 5% no risco de contrair cancro da próstata, e de 27% do melanoma (cancro da pele), este último com maior incidência em regiões com muito sol.