“Descobrimos que a evolução vai penalizar aqueles que são egoístas e maus”, diz em comunicado de imprensa o líder do estudo, Christoph Adami, professor de Microbiologia e Genética Molecular da Universidade do Michigan.
“A curto prazo e contra uma ameaça específica, alguns organismos egoístas podem destacar-se. Mas, a longo prazo, o egoísmo não é sustentável”, garante o investigador.
O estudo foi publicado na edição deste mês do jornal 'Nature Communications' e analisa as regras dos jogos de estratégia, que são também a base de organismos biológicos, económicos, políticos, entre outros.
O principal objetivo dos investigadores era verificar as conclusões de um estudo divulgado em 2012, segundo o qual, em qualquer organismo, os intervenientes egoístas – que usam uma estratégia batizada 'Determinante Zero' – têm vitória garantida. “O estudo causou muita polémica,” diz Adami.
Adami e o seu colega Arend Hintze quiseram perceber se, de facto, a estratégia do jogador egoísta vingaria a longo prazo, o que iria, no futuro, dar origem a um mundo habitado apenas por seres e organismos egoístas.
Para isso, recorrem a um computador de alta capacidade para correr milhares de jogos distintos e concluíram que a estratégia do Determinante Zero não vence em termos evolutivos. Embora funcione em determinados contextos, numa situação em que se confrontam apenas oponentes egoístas, a estratégia não funciona.
Os investigadores concluíram que quando só restam jogadores que aplicam a estratégia do Determinante Zero, os intervenientes são forçados a cooperar entre si para conseguir vencer, sendo assim obrigados a abandonar o comportamento egoísta que os caracterizava.
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