A Comissão Europeia vai apresentar na quarta-feira, em Estrasburgo (França), um pacote de medidas com vista a estimular a criação de postos de trabalho na União Europeia, assim como propostas concretas no mesmo domínio específicas para a Grécia.
Num debate no Parlamento Europeu sobre a crise económica na zona euro, que vai decorrer esta quarta-feira à tarde, Estrasburgo, o comissário do Emprego, Laszlo Andor, vai apresentar um pacote intitulado “rumo a um relançamento do emprego e do crescimento”, dirigido aos países da União Europeia, no qual a Comissão se propõe identificar oportunidades que ajudarão à criação de postos de trabalho.
O “pacote para o emprego” terá como objetivo a criação de 17 milhões de novos postos de trabalho na Europa até 2020. As principais medidas desse plano serão a total abertura dos mercados de trabalho, tanto público como privado, a todos os cidadãos europeus – incluindo romenos e búlgaros –, salários mínimos adaptados que permitam aos trabalhadores viverem do seu ordenado, reconhecimento dos respetivos diplomas e diminuição dos impostos sobre o trabalho.
Neste projeto, a Comissão espera maior potencial de setores como a saúde, os cuidados a pessoas idosas, o desenvolvimento económico sustentável a nível climático e as tecnologias de informação.
Crescimento e emprego na Grécia
Antes do anúncio de Laslo Andor, o presidente da Comissão, Durão Barroso, vai apresentar uma comunicação, da sua iniciativa, sobre o crescimento e o emprego na Grécia, que enunciará uma série de medidas prioritárias que Bruxelas entende que devem ser adotadas por Atenas para recolocar o país na rota do crescimento.
Segundo a Comissão, as medidas – que devem ser adotadas ao longo de 2012 como parte integrante do segundo programa de ajustamento da Grécia -ajudarão a criar as condições para um crescimento sustentável e criação de emprego, revertendo a tendência negativa dos últimos anos, ou, como indica Bruxelas, passar de “um ciclo vicioso para um ciclo virtuoso”.
A Comissão lembra que, com 23 milhões de pessoas desempregadas atualmente na Europa e previsões de aumento da taxa de desemprego na maioria dos Estados-membros, é necessária ação concreta, tal como acordado pelos chefes de Estado e de Governo na cimeira do passado mês de Março.
[Notícia sugerida por Sofia Baptista]