Foram revelados novos avanços na aplicação de uma nova vacina contra a malária em seres humanos. A investigação está a ser feita por um grupo de cientistas norte-americanos e a primeira fase experimental foi feita em seis voluntários que, depois de i
Foram alcançados novos avanços na aplicação de uma vacina contra a malária em seres humanos. Uma investigação de cientistas norte-americanos conseguiu tornar um grupo de voluntários imune à malária. Depois da vacina, estes participantes foram infetados com o parasita mas não desenvolveram a doença.
De nome PfSPZ, a nova vacina é inédita na forma como foi produzida. Ao contrário das vacinas habituais, à base de moléculas, a equipa liderada por Stephen Hoffman recorreu a parasitas vivos para criar imunidade à malária.
A malária é causada pelo Plasmmodium faliparum, um parasita transmitido pela picada de mosquitos infetados e que causa a morte de 600 mil pessoas por ano. A vacina consiste na administração, aos participantes, de parasitas da malária vivos mas muito enfraquecidos, que não têm capacidade para desencadear a doença. Trata-se, no fundo, de combater o parasita com o próprio parasita.
Na investigação levada a cabo pela empresa de biotecnologia Sanaria, criada por Hoffman para a investigação de doenças tropicais, seis dos voluntários foram injetados com parasitas adormecidos, em cinco doses diferentes. Mais tarde foram infetados com o Plasmmodium faliparum e nenhum deles contraiu a doença infecciosa.
Em comunicado de imprensa, a Sanaria relata que, no teste clínico, participaram, voluntariamente, 40 adultos saudáveis, com idades entre os 20 e os 44 anos, que nunca tinham tido malária. Alguns dos participantes receberam quatro doses de vacina completa de parasitas, outros receberam cinco doses e o grupo de controlo não recebeu qualquer vacina.
No grupo dos seis voluntários que recebeu as cinco doses intravenosas não se verificou a contração do vírus da malária quando ficaram em contacto com o parasita. Já em três dos nove participantes que receberam apenas quatro doses contraíram a doença.
A nova descoberta foi divulgada esta sexta-feira na edição online da revista Science. Os investigadores sublinham que os resultados dão conta de que “a dosagem administrada é fundamental no alcance de um alto nível de proteção contra a malária”.
Clique AQUI para consultar o resumo do artigo na Science e AQUI para ler o comunicado de imprensa da Sanaria.
Notícia sugerida por Elsa Fonseca