Em São Francisco, nos EUA, uma agente da polícia quis ir além das suas funções para 'fazer o bem' e decidiu comprar um par de sapatos novos para uma mulher sem-abrigo que vivia, descalça, nas ruas de Union Square.
Em São Francisco, nos EUA, uma agente da polícia quis ir além das suas funções para 'fazer o bem' e decidiu comprar um par de sapatos novos para uma mulher sem-abrigo que vivia, descalça, nas ruas de Union Square.
Jackie Selinger não se conformou com a imagem da sem-abrigo sentada em frente à loja de calçado da marca Skechers, com um cartaz onde dizia estar a precisar de sapatos. Numa época em que, por vezes, os mais necessitados acabam esquecidos naquela zona da cidade californiana, a agente tomou a iniciativa e entrou fardada na loja para comprar uns sapatos para a mulher desalojada.
Segundo contou a Selinger, normalmente, nenhum dos artigos doados pelas instituições e voluntários aos sem-abrigo lhe serve, devido ao invulgar tamanho dos seus pés que a obriga a usar um número grande.
Antes de entrar no estabelecimento, a agente reparou que, em pleno Inverno, a única coisa que a mulher trazia nos pés para a proteger do frio era “uns frágeis chinelos”. A pensar na família e na sorte que têm em ter uma casa e conforto, que, comparado com as condições em que aquela mulher vivia, lhe parecia um luxo.
“Ela disse-me que só queria qualquer coisa para calçar”, conta a agente à ABC7 News. “Quando lhe disse que lhe ia comprar um par de sapatos ali na Skechers, ofereceu-se para me acompanhar até à loja de produtos 'low-cost' que havia mais ao fundo da rua, porque não precisava de uma coisa tão cara. É realmente uma pessoa muito humilde”.
A história foi divulgada pelo filho de Jackie, Luciano, que, às escondidas, tirou fotos da mãe a ir à loja e a oferecer os sapatos à sem-abrigo e, depois, as partilhou na página de Facebook daquele canal de televisão local.
“Não é a primeira vez que ela faz uma coisa destas”, diz Luciano. “Foi uma decisão sua e um gesto que fez sem saber que tinha alguém a vê-la. E admiro muito a minha mãe por isso.”
Segundo o gerente da loja da Skechers onde Salinger comprou os sapatos, a agente optou por umas botas de 50 euros, adaptáveis para qualquer tempo das diferentes estações do ano. A iniciativa levou-o a, também ele, contribuir na compra.
“Ofereci-lhe o meu desconto de empregado. É Natal e esta agente queria ajudar alguém que nem sequer conhecia mas que viu que estava a passar mal, mesmo em frente à minha loja”, refere o responsável.