Uma empresa norte-americana desenvolveu uma técnica que consegue conservar o pão por um período de tempo que vai até aos 60 dias, evitando que este fique com bolor após a abertura da embalagem.
Uma empresa norte-americana desenvolveu uma técnica que consegue conservar o pão por um período de tempo que vai até aos 60 dias, evitando que este fique com bolor após a abertura da embalagem. De acordo com os seus criadores, o sistema em causa poderá reduzir significativamente o total de alimentos desperdiçados.
Segundo a BBC, a técnica, criada pela empresa Microzap, consiste em eliminar as substâncias e organismos que produzem o bolor ao cozinhar a massa do pão em fornos microondas especiais, inicialmente concebidos para matar as bactérias que causam a salmonela e os estafilococos (uma espécie de micróbios).
O forno especial utilizado para o efeito tem sido testado no laboratório da empresa, localizado na Universidade de Tecnologia do Texas, nos EUA. “Nós tratámos uma fatia de pão daquele forno e analisámos a sua quantidade de bolor. Depois de 60 dias, a quantidade era exatamente a mesma desde o momento em que tinha acabado de ser cozido”, explica Don Stull, diretor executivo da empresa, citado pela BBC.
O responsável esclarece que o forno em causa usa tecnologia idêntica à dos microondas comuns, mas com algumas particularidades. “Nós usamos frequências de formas variadas, emitidas por um radiador. Basicamente, temos uma densidade homogénea de sinal, o que significa que não deixamos pontos frios e pontos quentes como nos microondas domésticos”, aponta Stull.
Empresa espera aprovação dos consumidores
O aparecimento do bolor é um dos principais problemas trazidos pelo armazenamento do pão. Caso este esteja em embalagens de plástico, qualquer vestígio de água no alimento pode evaporar e humedecer a superfície, criando condições para que o fungo que gera o bolor – o Rhizopus stolonifer – cresça, por norma cerca de 10 dias após a abertura do pacote.
Por este motivo, a nova técnica tem atraído a indústria panificadora, revelam os criadores, embora haja receios de que esta possa aumentar os custos de produção. Além disso, a empresa teme que os consumidores possam não estar dispostos a comer um pão que foi fabricado há mais de um mês.
“Precisámos que exista aceitação do consumidor. A maioria, provavelmente, aceitaria [este tipo de produto] se a qualidade do alimento for mantida”, conclui o diretor executivo da Microzap.
[Notícia sugerida por David Ferreira]