Pamela Gilliland comprou, por apenas um dólar, uma caixa para chapéus numa feira comunitária de velharias. A aquisição acabou por ir parar ao fundo de um armário e só mais de uma década depois foi aberta, apanhando todos de surpresa.
Foi há cerca de 15 anos que a norte-americana Pamela Gilliland comprou, por apenas um dólar, uma caixa para chapéus numa feira comunitária de velharias. A aquisição acabou por ir parar ao fundo de um armário e só mais de uma década depois foi aberta, apanhando todos de surpresa: no seu interior, estavam guardadas mais de 200 cartas de soldados datadas da Segunda Guerra Mundial.
De acordo com o jornal local Tulsa World, que avança a história, Gilliand abriu a caixa por acaso e, nesse momento, arrependeu-se de não o ter feito mais cedo. A mulher deparou-se com um enorme conjunto de cartas escritas à mão e amarelecidas pela idade, cujos destinatários eram “Mr. and Mrs. E.H. Harvill” e cujo carimbo era de… 1945.
“Não sabia o que fazer. Era óbvio que alguém as quereria”, contou àquela publicação, acrescentando que, perante a descoberta, decidiu entrar em contacto com um perito, Doug Eaton, autor do livro “Letters from Walker”, que narra a história de um jovem soldado sob a sua própria perspetiva a partir das cartas que escreveu.
A imprensa norte-americana explica que as cartas descobertas por Gilliland foram escritas por dois soldados irmãos, Eural e Robert Harvill, e enviadas aos seus pais entre Outubro de 1940 e Outubro de 1964, sendo a saudade de casa o principal tema.
Segundo Eaton, a coleção encontrada dentro da caixa de chapéus engloba cerca de 250 cartas, além de postais, cartões de Natal, fotografias e até uma apólice de seguro. Porém, as idades dos dois autores da carta permanecem um mistério e há pouca informação sobre o contexto em que foram escritas e as pessoas que eram.
“Surpreendentemente, todas as cartas foram enviadas a partir de bases militares dentro dos EUA. Por isso, não sabemos quando ou onde serviram fora do país – se é que o fizeram”, revelou o especialista ao Tulsa World.
Para já, Eaton continua a ter por abrir (e por ler) mais de 200 cartas, pelo que ainda há muitas informações por analisar. De qualquer das formas, o perito espera conseguir contactar alguém que o possa ajudar a saber mais sobre o passado dos dois soldados.
“Se tudo correr bem havemos de encontrar um membro da família que queira ficar com estas cartas e guardá-las”, concluiu.